A agricultura biológica como ferramenta para a inclusão social (com VÍDEO)



Fundada em 1976, a Cercica é uma das muitas entidades que apoia, em Portugal, os cidadãos inadaptados. A cooperativa actua na área de Cascais e a sua última aposta, a agricultura social, é a prova de que a integração, no mercado trabalho, de pessoas inadaptadas não é um processo caótico e complexo.

O projecto de agricultura social da Cercica é, na verdade, bastante simples: utilizar a agricultura biológica como ferramenta de inclusão social. “Estes jovens não são diferentes de todos nós. A sua grande ambição é terem trabalho e serem autónomos. E é para isso que nós os treinamos”, explicou ao Economia Verde Rosa Neto, da Cercica Cascais.

O primeiro passo é a formação dos jovens. Depois vem o cultivo das plantas ornamentais ou aromáticas, que a Cercica vende para várias entidades, públicas ou privadas. “Só conseguimos dignificar as pessoas através do trabalho. E isso é visível no país, na crise. As pessoas estão deprimidas porque não têm trabalho”, explica

Os vasos de menta-chocolate desenvolvidos durante a visita do Economia Verde seguiram para uma das mais conhecidas geladarias de Cascais. “Temos várias áreas de negócio e os seus lucros são reinvestidos nos que conseguem fazer menos”, frisou Rosa Neto.

As plantas, por sua vez, foram enviadas para a Câmara Municipal de Cascais. Mais tarde, serão colocadas em rotundas do concelho. “O grande cliente é a câmara, mas também temos clientes particulares. Estamos a trabalhar para a comunidade, como qualquer outro empresário”, concluiu a responsável pela Cercica.

“Pagamos IVA e os seus impostos. Não estamos isentos desta situação e isso é um verdadeiro contributo que eles estão a gerar para o Estado. É importante e eles sabem disso”.

Veja o episódio 207 do Economia Verde.

 

Foto: mckaysavage / Creative Commons





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