Os projectos mais sustentáveis de Cabo Verde (com VÍDEO)



Cabeólica, Fundação Tartaruga de Cabo Verde, Mariventos, Ruy Spencer Lopes dos Santos e a Spinguera foram os grandes vencedores da 1ª edição do Green Project Awards em Cabo Verde. O prémio, que arrancou há sete anos em Portugal e já chegou ao Brasil, aterrou finalmente em terras cabo-verdianas e os resultados estão à vista: 15 premiados, entre vencedores e menções honrosas, e a certeza de que, em Cabo Verde, sustentabilidade não é uma palavra vã.

“Há um amplo movimento de protecção ambiental em Cabo Verde”, explicou ao Economia Verde Antero Veiga, ministro do Ambiente de Cabo Verde. “Esse movimento deve ser encorajado”.

Um dos vencedores, a Cabeólica, é uma empresa privada na qual o Estado cabo-verdiano é accionista minoritário. “No ano passado produzimos 75.000 MW/h, que representam cerca de 20% do total de electricidade distribuída no País”, explicou Antão Fontes, da Cabeólica.

Outro dos vencedores, o Spingera Ecolodge, na ilha da Boa Vista, é fornecido por energia eólica e solar. E resulta de um sonho antigo, como explicou ao Economia Verde a proprietária, Larissa Lazzari. “O Ecolodge Spinguera surgiu de um sonho do meu pai, que se apaixonou pela ilha há 22 anos e viu nesta aldeia abandonada algo de especial”, revelou.

“Eu também me apaixonei, pelo que fiz a sugestão de reconstruir as antigas ruínas, em vez de criar um empreendimento de raiz”, continuou.

Além do património cultural, a Boa Vista tem valores naturais a preservar. Com as tartarugas caretta caretta, que chegam à ilha da Boa Vista entre meados de Junho e Setembro, para desovar. Durante anos, elas foram abatidas aos milhares, para consumo humano. Mais recentemente, este número baixou drasticamente, fruto da intervenção da Fundação Tartaruga, outra das entidades premiadas.

Entre as menções honrosas e os finalistas encontram-se diversas empresas e instituições, como o Banco Comercial do Atlântico, a Escola de Negócios e Tecnologias de Cabo Verde, a Gesto Energia, a Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento, a Escola Nº24 de Juncalinho São Nicolau, a Águas de Coimbra, a Câmara Municipal de São Domingos, a PromoSan, a Vivo Energy Cabo Verde e a Caritas Caboverdiana.

“Tínhamos a certeza, pelos contactos preliminares feitos junto das empresas, Governo e ONG, que havia uma grande apetência por este tema. O número de candidaturas apresentadas e a sua qualidade reforça que foi uma aposta ganha”, explicou João Sebastião, director-geral da GCI, consultora que co-organiza os GPA nos três países.

Saiba porque razão a sustentabilidade é rainha em Cabo Verde no episódio 261 do Economia Verde.

Foto:  sheilapic76 / Creative Commons





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