Évora: uma lixeira que se transformou em quinta solar (com VÍDEO)
De lixeira a centro de energia solar vai uma distância muito grande, mas foi este o processo de transformação ocorrido em Évora, num terreno que foi, entretanto, requalificado e que é agora uma espécie de montra tecnológica.
Os módulos solares tem tecnologia de ponta norte-americana, mas a instalação e gestão são portuguesas.
“A célula é de uma empresa que trabalha para a NASA, que faz investigação ao mais altíssimo nível e que está agora a vir para o mercado do consumo. O prisma é de empresas ligadas à Boeing”, explicou ao Economia Verde Manuel Mira Godinho, director-executivo da Glintt.
Os painéis são móveis e não estáticos, podendo ser geridos por software – os parques são monitorizados remotamente. “Somos uma empresa com o DNA de projectos de software e engenharia, por isso fazia sentido investir aqui”, continuou Mira Godinho.
O investimento nesta central de terceira geração é de €5 milhões, deverá ser pago em sete anos e o suficiente para produzir electricidade para 800 lares. A área da energia solar fotovoltaica não é novidade para a Glintt, mas este projecto permite à empresa uma exportação de conhecimento para a América Latina ou África, locais onde o sol abunda mas que precisam de soluções eficazes para o transformar em energia.
A tecnologia usa a radiação directa e é indicada para locais com sol intenso, como o alentejano. Conheça melhor o projecto no episódio 279 do Economia Verde.