Alterações climáticas: este foi o inverno mais quente da Europa
As alterações climáticas estão a trazer grandes mudanças para o planeta, principalmente no que toca às temperaturas sentidas em cada região do mundo. Verifica-se cada vez mais a ocorrência de fenómenos extremos no clima.
Nos dados disponibilizados pelo Copernicus Climate Change Service (C3S) é possível observar que este inverno foi 3,4ºC mais quente que a média de 1981-2010 na Europa. O mês de Fevereiro destacou-se como o segundo mais quente registado até à data, sendo que o primeiro foi em 1990, e o terceiro o de 2016.
Este aumento das temperaturas acima da média tem afetado a Europa mas também regiões como África, Irão, Ásia Central, China, e a Antártida.
De acordo com os cientistas, as alterações climáticas são a principal razão para estas mudanças, que geram diversos impactos. No Ártico, deu-se uma descida do nível de cobertura de gelo, cerca de 850 000 km2 a menos de gelo marítimo, e na Antártida registaram-se pela primeira vez temperaturas acima dos 20ºC.
A Euronews destaca um exemplo no norte da Suécia, Abisko, em que a temperatura anual chegou a níveis positivos. Os especialistas registam no local um aquecimento duas vezes mais rápido que no resto do mundo. Keith Larson, investigador na área do clima, afirma que “à medida que a neve e o gelo derretem, refletem menos luz solar, o que faz com que derretam mais depressa.“
Com o desaparecimento do gelo os habitantes notam grandes diferenças na vila, especialmente na paisagem. As árvores tendem a estar mais perto do topo da montanha, as espécies de plantas e animais começam a estar ameaçadas, como é o exemplo da Raposa do Ártico e da Raposa vermelha. Também para os pastores de renas, a situação torna-se complicada. A dispersão das pastagens leva à falta de alimento, e o aumento das chuvas impede o acesso ao solo onde se encontra o líquen, que serve de alimento para as renas.