Associação ambiental pede centro interpretativo sobre património natural em Peniche
A Arméria – Movimento Ambientalista de Peniche defendeu hoje a criação de um centro interpretativo dedicado ao património natural do concelho, uma preocupação expressa no seu manifesto ambiental hoje divulgado.
“Dada a relevância do património natural do concelho, dotado de singularidades muito relevantes, a nível geológico e biológico e desde há muito identificadas, este Centro Interpretativo serviria de polo de divulgação e promoção dessa mesma riqueza local para a comunidade e visitantes”, refere a associação no manifesto enviado à agência Lusa.
O documento resulta das preocupações manifestadas pelos seus associados ao longo dos anos.
A Arméria pede também que seja elaborada uma lista com o património natural classificado e medidas para a sua proteção, assim como a proibição da escalada no santuário arqueológico da Gruta da Furninha.
Para a associação ambiental de Peniche, é preciso desenvolver iniciativas integradas com vista à recuperação e valorização da Papôa, como a restrição de circulação nessa zona, limitando-a a um único sentido e apenas para automóveis ligeiros, continuar o trabalho de limitação do acesso ao topo de todas as arribas e colocar sinalética referente ao património natural da cidade.
A criação de novos percursos pedestres e a interligação das ciclovias, a promoção da utilização dos transportes públicos, a requalificação do miradouro da Nau dos Corvos, a proteção das dunas através, por exemplo, da criação de passadiços sobre-elevados e a proibição de circulação de veículos nas zonas dunares são outras medidas preconizadas.
No plano da limpeza, a Arméria pede uma recolha “mais eficaz e assídua” dos resíduos sólidos urbanos, uma estratégia para atenuar as descargas ilegais de entulhos ou a relocalização de contentores do lixo ou de ecopontos para deixarem de estar junto a monumentos ou locais emblemáticos.
A associação ambiental quer ainda “conter construções clandestinas na zona da Almagreira”, a norte da praia do Baleal, aumentar o número de árvores nas áreas verdes do concelho, requalificar os parques existentes junto à muralha para impedir a circulação de automóveis e que seja aprovado o Plano Diretor Municipal.