Até 2030, 3 mil milhões de pessoas entrarão na classe média. O que significa isto para os recursos do Planeta?



Se gosta de números, tendências e visões apocalípticas do futuro, então há um estudo da McKinsey sobre o desafio dos recursos naturais que não pode perder.

Segundo a consultora, mais de três mil milhões de pessoais vão entrar na classe média, até 2030, em todo o mundo, o que significa uma procura entre 30 a 80% maior pelos recursos. Por outro lado, 44 milhões de pessoas cairão para a pobreza devido ao aumento do preço dos alimentos – um número avançado pelo Banco Mundial.

O estudo foi publicado no último dia de 2011 e tem como base o facto de o crescimento da procura coincidir com uma cada vez mais cara e complexa extracção dos recursos naturais. Há também uma maior relação entre diversos tipos de recurso, ou seja, um impacto sobre um deles pode contaminar a oferta dos restantes.

Será uma visão apocalíptica do futuro, como escrevemos no lead? Pode ser, mas há que trabalhar para evitá-lo. No mesmo documento, a McKinsey identificou “suficientes oportunidades para expandir a oferta e melhorar a produtividade para lidar com o desafio dos recursos”.

Na verdade, não há uma escassez absoluta de recursos, mas complexidades e custos crescentes em procurá-los e aceder a eles. O investimento terá, por isso, de ser feito na inovação.

Veja o estudo da consultora e tire as suas próprias conclusões.

O relatório da McKinsey traça três cenários: o do aumento dos recursos; outro da resposta da produtividade; e um terceiro de resposta às alterações climáticas. Todos estes três processos precisam de estratégias claras e, sobretudo, de muito investimento.

Também as empresas precisam de dar três passos no sentido da economia verde. O primeiro é dotarem-se de ferramentas e conhecimento inteligente sobre o impacto da escassez de recursos no seu sector; o segundo passa por uma avaliação dos assuntos em que podem estar mais expostas a tendências de recursos (negativas ou positivas) que os seus concorrentes; o terceiro passa pela construção de uma nova capacidade de criar produtividade de recursos nos seus ciclos de produção end-to-end.

Há dez anos, as empresas podiam esquecer-se da segurança e eficiência nos recursos porque os preços estavam em queda. Nos próximos 20 anos, esta incompetência será fatal para a viabilidade empresarial.





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