Autoridades moçambicanas detêm oito suspeitos de exportação ilegal de marfim



As autoridades moçambicanas anunciaram a detenção de oito pessoas, entre as quais funcionários da companhia aérea estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), suspeitas de exportar ilegalmente 166 peças de marfim e partes de outros animais protegidos.

Os artigos foram apreendidos em 28 de maio, na Tanzânia, país vizinho, depois de terem passado pelo Aeroporto de Pemba, em Cabo Delgado, norte de Moçambique, disse Noémia Madeira, porta-voz da Procuradoria Provincial de Cabo Delgado, durante uma conferência de imprensa.

“O produto apreendido era composto por 16 caixas que continham 166 peças de marfim, cinco caixas que continham diversos ossos de animais selvagens ainda por identificar”, além de 20 dentes e 65 garras de leão, referiu a porta-voz.

Entre os detidos estão funcionários da LAM, um funcionário das alfândegas, um membro da polícia moçambicana e um funcionário da direção provincial das atividades económicas, todos afetos aos aeroportos de Pemba.

Segundo a Procuradoria, a carga, ainda sob tutela das autoridades tanzanianas, não passou pelo detetor do aeroporto de Pemba e tinha como destino a Malásia.

A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tenha diminuído nos últimos anos, fruto dos esforços de fiscalização e conservação.

Segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Moçambique tem cerca de 10 mil elefantes.





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