Baldios da Universidade de Aveiro vão ter hortas e casas ecológicas



Todas as semanas continuam a chegar-nos notícias de instituições, organizações, empresas ou cidadãos que investem tempo e conhecimento na criação de hortas e construção ecológicas.

Hoje, foi a vez da Universidade de Aveiro (UA), através da Associação da Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária (EpDAH). Esta associação vai começar a utilizar os terrenos baldios da UA para plantar hortícolas e experimentar construções ecológicas.

Denominado HortUA, o projecto dependerá exclusivamente de voluntários, que vão reunir-se uma ou duas vezes por semana para arranjar o solo e fazer construção ambientais de apoio.

Numa primeira fase será construída uma eco-oficina, que terá paredes construídas por alunos de Engenharia Civil. Feita através de uma mistura de fardos de palha, rede de galinheiro, barro e cal, a parede será alicerçada através de barro, bosta de cavalo, areia e madeira. As janelas serão, na verdade, garrafas de vidro recicladas.

A eco-casa será a sede deste grupo. Será construído ainda um lago, uma estufa, uma casa de banho, anfiteatro zen, sementeira e um tanque.

O terreno começará a ser cultivado em Fevereiro, mas as colheitas ainda não estão decididas. Os hortícolas serão distribuídos por instituições de solidariedade social.

“O projecto visa a implementação, num local abandonado no campus universitário, de um laboratório vivo de sustentabilidade, através da aplicação do conceito de permacultura. [O projecto] HortUA é baseado num regime de voluntariado, suportado numa parceria entre diversas instituições da rede social regional. A sustentabilidade e a cooperação para o desenvolvimento serão os principais conceitos a ser colocados em prática no projecto, através da capacitação e inclusão social”, explica a EpDAH.

O projecto tem ainda dois objectivos. O primeiro prende-se com a educação ambiental, pelo que a HortUA estará aberta a visitas de escolas. O segundo é funcionar como um laboratório vivo para projectos universitários. “Precisávamos de um espaço para fazer experiências, aplicar no terreno teorias que aprendemos e melhorar práticas tradicionais”, explicou ao Jornal de Notícias Fernando Coelho, mestrando de engenharia do ambiente.

Veja a proposta de projecto apresentada à Universidade de Aveiro. E acompanhe-o no Facebook.





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