Bolsonaro vai defender a sua politica ambiental em discurso na ONU



No seu directo semanal no Facebook, Bolsonaro disse que as queimadas na Amazónia estão abaixo da média dos últimos 15 anos e o que existe é uma tentativa internacional de desgastar a imagem do Brasil.

Para o presidente, o objectivo é prejudicar o sector agrícola nacional, um dos mais competitivos do mundo.

“Estou a preparar-me para um discurso bastante objectivo, diferente de outros presidentes que me antecederam. Ninguém vai discutir, podem estar tranquilos. Vou “apanhar dos media”, eles têm sempre do que reclamar.

E eles (os media) têm números verídicos, mas o que interessa? É para desgastar a imagem do Brasil. Desgastar porquê? Para ver se criam caos, para os outros países ficarem bem. Se a nossa agricultura cair, é bom para outros países que vivem disso”, disse.

Bolsonaro e a comitiva embarcam para Nova Iorque no dia 23. No dia seguinte, o presidente do Brasil é o primeiro a falar. Tradicionalmente, cabe ao chefe de Estado brasileiro fazer o pronunciamento de abertura na Assembleia Anual da ONU.

Na avaliação de Bolsonaro, existe uma pressão de outros países para que o Brasil amplie o número de reservas indígenas, quilombolas e áreas de protecção ambiental. Segundo ele, existia uma previsão de demarcar mais 400 reservas indígenas e 900 áreas quilombolas ao longo dos próximos anos, o que expandiria as áreas actualmente protegidas por mais 6% do território.

“Imagine o nosso Brasil com uma área equivalente, um pouquinho abaixo, do Sudeste, do Sul, demarcado como terra indígena? Tudo estaria inviabilizado no Brasil. Essa é a tendência, é o sufocamento da nossa agricultura aqui no Brasil. Nós ocupamos aproximadamente 7% do nosso território com a agricultura. Outros países da Europa ocupam, muitos, aproximadamente 70%”, disse o presidente.

Em Nova Iorque, onde chega no dia 23, Bolsonaro tem encontro confirmado com o secretário-geral da ONU, António Guterres, marcado para o dia 24, a mesma data do seu discurso. Não estão previstos encontros bilaterais com outros chefes de Estado. O chefe de estado brasileiro embarca de volta ao Brasil no mesmo dia.

*Com Agência Brasil





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