Brasil: Marina Silva, a candidata “verde” que sobe nas sondagens



Marina Silva, a ex-ministra do Meio Ambiente do Governo de Lula da Silva (até Maio de 2008) e agora candidata presidencial, subiu dos 9 para os 14% nas sondagens durante o último mês.

De acordo com a Datafolha, a candidata do movimento “verde” brasileiro continua a não ser uma ameaça real a Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (com 46% das intenções de voto), e José Serra, do PSDB (com 28%), mas esta subida significa que, entre o eleitorado brasileiro, há quem coloque a sustentabilidade em primeiro lugar. E, para além disso, pode baralhar as contas dos favoritos.

Com um discurso de ênfase ambiental, Rousseff está a conseguir convencer parte dos 80% dos brasileiros que, de acordo com a Datafolha, acreditam que os assuntos ambientais deverão ser uma prioridade, mesmo que isso signifique um menor crescimento económico e menos emprego no país.

Marina Silva conta com um precioso aliado: Guilherme Leal, presidente da Natura, membro do conselho do Instituto Ethos – Empresas e Responsabilidade social, integrante dos conselhos da WWF Brasil e do Fundo Brasileiro para a Sustentabilidade.

Marina, uma de 11 filhos de um casal pobre dos subúrbios de Rio Branco, na Amazónia, foi professora, vereadora da câmara de Rio Branco e chegou a ministra do Meio Ambiente em 2003.

Em Maio de 2008, cinco dias depois do lançamento do Plano Amazónia Sustentável, Marina demitiu-se devido à “falta de sustentação” da política ambiental.

Em 2007, um movimento auto-denominado de “Movimento Marina Silva Presidente” começou a defesa pública pela sua candidatura à presidência brasileira.

Mais tarde, o Partido Verde Europeu pressionou o Partido Verde do Brasil a convidá-la para os seus quadros, tendo em vista uma futura candidatura à presidência brasileira, o que aconteceu a 11 de Junho último.

Agora, esta licenciada em História quer fazer… história pelo Partido Verde brasileiro e pela causa ambiental naquele país. Cresceu 5% em um mês e já quase não vê, quando olha para trás, os 3,6% que o Partido Verde brasileiro arrecadou nas últimas eleições, em 2006.

Vamos continuar a acompanhar as eleições brasileiras – e o percurso de Marina – no Green Savers. Fique connosco.





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