Brasil prevê financiamento do Banco Mundial para polo de hidrogénio verde no porto de Pecém



O Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil, com recursos do Banco Mundial, financiará os projetos de infraestrutura necessários para a implementação de um polo de hidrogénio verde no porto marítimo de Pecém, informaram ontem as autoridades locais.

Em comunicado, o governo do estado do Ceará (nordeste) indicou que 90 milhões de dólares (cerca de 84 milhões de euros) serão entregues através da Comissão de Financiamento Externo do Ministério para o polo de hidrogénio verde no porto do Pecém.

Outros 10 milhões de dólares serão suportados pelo próprio porto, para um total de 100 milhões de dólares que serão utilizados na “infraestrutura necessária” para acolher as iniciativas, maioritariamente internacionais, do polo de hidrogénio verde.

O porto marítimo de Pecém, na região metropolitana de Fortaleza – capital do Ceará – lidera projetos de hidrogénio verde no país sul-americano.

Nesse sentido, o futuro polo de hidrogénio verde do Pecém conta com 32 memorandos de entendimento assinados com empresas do Brasil, França, Portugal, Espanha, Austrália, Estados Unidos e Itália.

Os 32 memorandos contemplam investimentos de 30 mil milhões de dólares, estando três deles já comprometidos no valor de oito mil milhões de dólares.

Além disso, o governo do Ceará apresentou, recentemente, à assembleia legislativa local o projeto de lei regional para a Política do Hidrogénio Verde e passou a fazer parte do Pacto do Hidrogénio Verde Renovável promovido pelas duas maiores associações patronais do setor.

O hidrogénio verde ou renovável (H2V) é produzido através do processo de “eletrólise da água”, que é a separação do oxigénio e do hidrogénio, e é utilizado, principalmente, para a produção de fertilizantes para a atividade agrícola.

O insumo – cada um dos elementos essenciais para a produção de um determinado produto ou serviço – também poderá ser utilizado como combustível e matéria-prima industrial para produtos farmacêuticos e, nesse sentido, outros projetos serão realizados pelo setor privada nos estados da Bahia (nordeste) e do Rio de Janeiro (sudeste).





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