Café, cacau e comércio justo no Peru



Na encosta andina do Peru vivem pequenos agricultores de cacau e de café que utilizam a sabedoria ancestral para produzir duas das espécies mais raras das sementes destas duas plantas. Para preservar o seu conhecimento e sobrevivência foi criada uma cooperativa que os ajuda a escoar o produto do seu trabalho para o mercado internacional, de acordo com os princípios do comércio justo.

A colheita do café naquela região montanhosa do sul do Peru não é fácil. Com desníveis de altitude que vão dos 1300 aos 2400 metros, o trabalho é duro e, se a cooperativa de Huadquiña não tivesse sido fundada, dificilmente esta tarefa se mantinha activa nos dias de hoje.

Graças a esta iniciativa, os pequenos produtores de café da região podem reunir as suas colheitas e gerar quantidade suficiente para as escoarem para o mercado internacional, maioritariamente o europeu.

A relação beneficia todas as partes: a cooperativa consegue vender um produto de grande qualidade que garante sustento aos pequenos agricultores e estes têm acesso a conhecimento e formas de preservar as suas plantações de forma orgânica e sustentável. O resultado é um café aromático de qualidade única, comercializado a um valor que beneficia de forma justa todos os intervenientes.

O cacau que também se encontra nas redondezas é de uma espécie menos comum chamada Chuncho. Sendo as árvores mais altas, a sua colheita é mais difícil do que o cacau comum. Mas agora que todos os pequenos produtores trabalham em conjunto para o mesmo fim, o aroma especial destas sementes brancas pode ser apreciado em mais locais do planeta. Todo o processo de produção é orgânico e o mais possível dentro da tradição ancestral.

Biológicos e saborosos, os aromas do Peru chegam agora aos quatro cantos do mundo mantendo a sustentabilidade, a preservação da arte e a justiça para todos na sua comercialização.





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