Caixa de cereja do Fundão com 33 frutos leiloada por 610 euros



As primeiras cerejas do Fundão, numa caixa com 33 frutos, foram hoje leiloadas por 610 euros, na iniciativa que marcou o início da campanha deste ano, duas semanas atrasada devido às condições meteorológicas.

O leilão foi feito na Praça do Município e a receita reverteu para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Durante a apresentação da Campanha da Cereja do Fundão, o presidente do município, Paulo Fernandes, adiantou que uma das novidades é a cor cereja do Fundão, que vai agora ser registada e a que se chegou a partir da análise de mil cerejas.

“Notoriedade, nós já temos muita. Nós queremos é desenvolver outras formas de criar valor a partir deste ecossistema à volta da Cereja do Fundão”, salientou Paulo Fernandes.

Segundo o presidente da Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, a cor Cereja do Fundão pode ser utilizada nas mais diversas áreas, da moda à cosmética, da decoração a outras aplicações criativas.

O autarca realçou que se pretende que “qualquer pessoa que a utilize saiba que está, na prática, a fazer um tributo à cereja do Fundão”.

O lançamento de uma linha de produtos da Vista Alegre associada à cereja do Fundão, com design de João Vaz de Carvalho, é outra das novidades, dando seguimento às “parcerias com marcas de prestígio”.

“A ideia não é sermos só um território, mas a casa da cereja, uma marca identitária”, sustentou.

Paulo Fernandes anunciou que em junho abre a primeira fase do espaço Ciência Viva, na Quinta da Cereja e das Ideias, em Alcongosta, a aldeia com maior produção do fruto e onde de 06 a 08 de junho se realiza a Festa da Cereja do Fundão.

“Vai ser mais uma valência, que vai ficar em permanência, daquilo que são os espaços, neste caso mais ligados à experimentação, mas também ligados à pedagogia e à ciência para os mais jovens”, frisou Paulo Fernandes, sobre a Quinta da Cereja e das Ideias, espaço no qual é possível apadrinhar árvores.

Na plataforma digital de venda de produtos do Fundão é possível encomendar o fruto, tal como outros artigos que lhe estão associados, como chás de cereja, cerveja de cereja, compotas, licores, kombucha, pastéis, gelados, chocolates, gin, mel e outras formas em que a cereja se pode desdobrar.

“Hoje, a cereja é muita coisa. Da cereja aproveitamos tudo”, enfatizou.

Nos hipermercados vão estar à venda embalagens ‘grab and go’, com pequenas quantidades, prontas a consumir, no Castelo de São Jorge vai estar um dos Quiosques da Cereja, em Cascais realiza-se a Semana da Cereja do Fundão e de 01 a 30 de junho decorre nos restaurantes, pastelarias e bares do concelho o festival gastronómico “Sabores da Cereja”.

Paulo Fernandes sublinhou que o município quer, através do conjunto de iniciativas, “aumentar a perceção de valor” da cereja, para que os consumidores estejam dispostos a pagar um preço mais justo aos produtores.

“Temos também experiências mais espirituais e holísticas dentro dos próprios pomares”, reforçou o presidente, referindo-se ao SPA no cerejal, às caminhadas meditativas no pomar, à possibilidade de apanhar cereja de forma tradicional, aos passeios turísticos em tuk tuk, em comboio, junto aos cerejais, ou às cestas de piquenique disponibilizadas para quem queira fazer uma refeição à sombra da árvore.

A experiência ‘escape room’ no pomar é outra das ofertas, tal como o Trail da Cereja, marcado para 08 de junho.

“Estamos sempre a tentar criar caminho para o nosso ‘cluster’ associado à cereja”, referiu.

Segundo o autarca, no concelho, na área da Indicação Geográfica Protegida da Cereja do Fundão, há cerca de dois mil hectares de cerejal.






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