China: novo Museu de História Natural é uma homenagem à sustentabilidade (com FOTOS)



Tem a forma de um náutilo, um cefalópode marinho que, segundo o ateliê de arquitectura Perkins+Will, possui “uma das formas geométricas mais puras da natureza” mas procura, na verdade, recrear a paisagem natural chinesa em miniatura.

Construído no junto ao parque de Jing’an, no centro de Xangai, o edifício do novo Museu da História Natural chinês consegue ser, paralelamente, moderno e antigo. Lá dentro, mais de 10.000 artefactos dos sete continentes podem ser visitados e consultados pelos visitantes.

O novo museu substituiu o anterior, que abriu nos anos 50, e é constituído por uma série de edifícios bioclimáticos que apresentam as suas próprias exposições.

“O edifício é um microcosmos do simbolismo da harmonia entre o homem e a natureza”, explica Ralph Johnson, o designer do novo museu e director global de design da Perkins+Will. O projecto demorou nove anos a ser desenvolvido, mas o museu abriu finalmente as portas a 19 de Abril.

A inspiração para o museu é a tradição chinesa dos jardins de água de montanha. “Na China temos de construir grandes locais circulares, devido à densidade da população. É um caminho diferente [dos edifícios americanos]. Não estamos apenas a pensar nas exibições, mas também no movimento através do espaço, da necessidade de transição”.

Uma das mais incríveis características do museu é uma parede celular de 34 metros, que procura imitar a estrutura celular das plantas e animais. Para além da estética, a parede tem um propósito prático: é a principal fonte de luz para o interior do edifício e lança sombras em forma de células para os seus visitantes.

O edifício tem paredes verdes e outras características que permitem maximizar a luz solar. O terraço tem um outro jardim, que os visitantes podem utilizar, e um lago com um sistema de recolha de água da chuva.

O novo museu recebeu 10.000 visitantes no primeiro dia, facto a que não é estranho o esqueleto completo de um dinossauro com 140 milhões de anos, que está exposto dentro do edifício. “É um museu de história natural fantástico. E tenta ligar a história natural chinesa às ideias globais de sustentabilidade e ambientes naturais”, concluiu Johnson.

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