Coimbra recolheu esta semana 12 toneladas de resíduos despejados ilegalmente



A Câmara de Coimbra recolheu, entre segunda-feira e ontem, mais de 12 toneladas de resíduos abandonados em 20 locais do concelho onde habitualmente existem despejos ilegais, anunciou aquele município.

“Estes 20 locais estão há muito tempo identificados” e, nalguns deles, apenas algumas horas após o serviço de recolha ter sido feito, já havia mais monos, revelou hoje o vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Carlos Matias Lopes, na apresentação dos resultados da operação de limpeza em grande escala, iniciada na segunda-feira.

Foram identificados 20 locais e foram feitas mais 14 recolhas não mapeadas, ou seja, zonas que os serviços foram passando e que, ao detetarem que havia lixo também o recolheram, sublinhou.

Ao longo destes quatro dias, foram removidas 12,32 toneladas de resíduos de composição variada e de baixa taxa de recuperabilidade e, no decorrer da intervenção, foi paralelamente ativada uma recolha, que ainda está em curso, de vários objetos volumosos (monos), que têm sido deixados ao abandono pela cidade, fundamentalmente junto aos ecopontos.

A operação de limpeza profunda envolveu a CMC, as empresas Serviços Urbanos e Meio Ambiente (SUMA) e Resíduos Sólidos do Centro (ERSUC) e algumas Juntas de Freguesia, mobilizando uma retroescavadora, cinco viaturas de recolha e três viaturas de apoio, assim como 17 trabalhadores das múltiplas instituições envolvidas.

É importante perceber que “esta dinâmica é diária e, portanto, estes 20 pontos, infelizmente, são zonas que têm também de ter uma intervenção”, disse Carlos Matias Lopes, adiantando que já teve início a obstaculização de acessos a locais de deposição, como no parque tecnológico iParque, em Antanhol.

O vereador indicou ainda que “foram tramitados cinco autos e foram elaborados mais de duas dezenas de relatórios de fiscalização nos últimos dois meses, e estão referenciados mais de três dezenas de potenciais infratores, individuais e empresas”.

Perante este cenário, foram ativadas diversas medidas, com destaque para a intensificação da intervenção da Polícia Municipal e da fiscalização.

Outra das medidas consiste na ativação dos procedimentos para a construção de dois ecocentros (um na zona norte do concelho e outro na zona sul), já previstos e planeados no Plano de Ação de Resíduos Urbanos (Papersu) 2030.

“São dois ecocentros que queremos implementar já nos próximos meses, porque de facto nos vai ajudar também a ter duas referências, dois locais onde as pessoas poderão, de uma forma ordeira e legal, depositar tudo aquilo que tem a ver com este tipo de materiais”, notou o vereador.

A criação, até o final de outubro, de uma brigada de intervenção rápida para a remoção de resíduos abandonados na via pública (atendendo à elevada escassez de recursos humanos, a brigada será constituída com recurso a um prestador de serviços), o uso de meios tecnológicos expeditos que permitem às equipas de recolha a sinalização imediata da existência de resíduos volumosos que exigem a mobilização de outros meios transportes, assim como o reforço das campanhas de comunicação, são outras das medidas preconizadas.

“A limpeza é, naturalmente, um dos nossos vetores estratégicos da governação autárquica, iremos continuar a trabalhar neste sentido, apelando ao civismo e à colaboração das pessoas e mostrando como a Câmara Municipal está atenta e empenhada neste processo de manutenção da limpeza da cidade e de intervenção pedagógica e informativa, para que assim aconteça”, afirmou o presidente da CMC, José Manuel Silva.

A CMC possui um número gratuito de recolha de resíduos de grande dimensão (239 802 070) e um e-mail (ambiente@cm-coimbra.pt), para que seja feito o contacto fora das horas laborais.

A ERSUC tem também disponível uma linha de reciclagem (800 911 400), onde pode ser obtida a informação pretendida sobre a valorização dos resíduos produzidos.





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