“Combustíveis sintéticos são chave no futuro limpo” defendem ambientalistas em carta à Comissão Europeia  



A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável enviou hoje, em conjunto com 16 associações, uma carta à Comissão Europeia na qual é sublinhada a importância dos combustíveis sintéticos verdes, ou “e-combustíveis”, para o futuro limpo da navegação e aviação. De acordo com a Associação, estes são a “chave” para atingirmos esse objetivo.

Na carta, os grupos apelam a que este combustíveis façam parte das suas próximas leis sobre combustível marítimo e aéreo, defendendo que estes oferecem “enormes oportunidades económicas e de emprego”. É o caso de empregos em ” áreas como a produção de hidrogénio, a construção naval europeia e o desenvolvimento tecnológico, bem como nas áreas das infraestruturas de transporte de energia e investigação e desenvolvimento”.

“Os combustíveis sintéticos oferecem um futuro limpo para os setores de transporte e aviação, mas também para a indústria de combustíveis. A UE deve dar-lhes a confiança no investimento de que precisam, exigindo que todos os navios de comércio da UE e abastecimento de aeronaves na Europa façam uma mudança progressiva para estes novos combustíveis”, refere Delphine Gozillon, da T&E.

Por outro lado, afirmam que os biocombustíveis e o gás natural “não oferecem uma alternativa sustentável para o transporte marítimo e devem ser excluídos”, e que os biocombustíveis de base agrícola para aviões “emitem mais do que os combustíveis fósseis que substituem”, pelo que não lhes deve ser dado apoio.

“Devemos aprender as lições das más experiências da Europa com o uso de biocombustíveis no transporte. Todos os biocombustíveis de origem vegetal devem ser excluídos das propostas políticas da Comissão e os biocombustíveis avançados sustentáveis devem ser reservados para as necessidades da aviação”, afirma Francisco Ferreira, presidente da ZERO.

A Comissão Europeia irá propor a legislação FuelEU Maritime e ReFuelEU Aviation em julho de 2021, que exige que os navios de comércio da União Europeia e o abastecimento de aeronaves na Europa mudem progressivamente para combustíveis alternativos sustentáveis. Este passo será fundamental para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa que estes transportes emitem – 13% o marítimo e 5% a aviação.

Além da ZERO, são assinantes desta carta a Sciaena, Zero Waste Europa, Transport & Environment, Carbon Market Watch, Bond Beter Leefmilieu, BirdLife International, PFPI, Welthaus Graz, ECODES, Mighty Earth, FERN, Natuur & Milieu, Canopée Forêts Vivantes, Green Transition Denmark, Bellona Europa e Generation Climate Europe.





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