Como a ilha dos químicos se transformou no paraíso dos coelhos



Durante vários anos, a ilha de Okunoshima, no Japão, foi usada para fabricar gás venenoso, usado em muita da guerra química da Segunda Guerra Mundial. Pequena e isolada das outras ilhas japonesas, Okunoshima era o local ideal para experiências químicas de um Japão aliado da Alemanha e Itália.

Hoje, os edifícios onde em tempos eram produzidas estas substâncias químicas encontram-se abandonados, mas a ilha está a recuperar lentamente e até já inaugurou, em 1988, um museu que explica qual o infeliz papel da ilha na guerra química entre 1939 e 1945 e tudo o que se passou então.

Hoje, a ilha tem já um hotel, um campo de golfe e até um parque de campismo. Os visitantes podem até nadar na água limpa que a rodeia, mas o que chama realmente a atenção é a quantidade incrível de coelhos que existem na ilha.

Há duas explicações para este facto: a primeira revela que, no auge das experiências químicas, dezenas de coelhos foram trazidos para a ilha. No entanto, a teoria é negada por Murakami, antigo director da fábrica de gás, que explica que estes coelhos não estão relacionados com as experiências.

A segunda teoria afirma que, em 1971, um grupo de estudantes libertou oito coelhos na ilha. Pouco tempo depois, a ilha encheu-se destes animais e hoje é impossível olhar para a paisagem sem que um nos passe à frente.

Seja qual for a explicação, é interessante ver como os japoneses reabilitaram a ilha, a forma como a devolveram à natureza e, sobretudo, como não deixaram esquecer o que lá se passou durante décadas.

Foto: via Creative Commons

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