Dia Europeu do Mar: quatro caminhos para proteger o ecossistema marinho

Com mais de 2.500 quilómetros de costa e uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo – que se estende por 1,7 milhões de km2 – Portugal está entre os países com maior domínio e potencial marítimo.
No entanto, o mar continua a representar apenas 5% do PIB nacional e emprega cerca de 4% da população ativa. Apesar de uma crescente relevância económica e estratégica do mar para o desenvolvimento do país, desafios como a intensificação das atividades humanas, o impacto das alterações climáticas, a degradação dos ecossistemas e a falta de políticas públicas eficazes continuam a comprometer o desenvolvimento, preservação e a gestão sustentável dos recursos marinhos.
No âmbito do Dia Europeu do Mar, a Eco-Oil, empresa especializada no tratamento de águas contaminadas e produtora de fuel sustentável para a indústria a partir de resíduos recebidos dos navios-tanque, identifica quatro prioridades estratégicas para protegera biodiversidade marinha e acelerar a transição para uma economia azul.
“Preservar o ecossistema marinho deve ser uma prioridade urgente e uma responsabilidade partilhada. Só com cooperação e ação coordenada entre cidadãos, instituições e empresas conseguiremos cuidar deste recurso vital para o planeta. Na Eco-Oil, este princípio orienta o nosso trabalho diário ao tratarmos e valorizarmos resíduos provenientes das lavagens dos navios-tanque, reintroduzindo-os novamente na cadeia de valor e devolvendo a água limpa ao estuário do Sado”, destaca Nuno Matos, Diretor-Geral da Eco-Oil.
1 | Responsabilidade individual: o impacto das escolhas diárias
Com cerca de 80% da poluição nos oceanos a ter origem terrestre – segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) –, o lixo marinho continua a ser um dos maiores desafios ambientais da atualidade. Reduzir o consumo de plásticos descartáveis, reciclar corretamente e escolher pescado certificado são gestos simples que contribuem para um oceano mais saudável.
2 | Compromisso coletivo: o papel da ação comunitária na preservação marinha
A proteção do meio ambiente e dos recursos marinhos não depende apenas de decisões governamentais, mas também de toda a comunidade. Campanhas de sensibilização, programas educativos e projetos comunitários focados na economia circular e na conservação marinha são fundamentais para promover uma cultura de participação ativa na preservação dos oceanos.
3 | Liderança pública: o papel estruturante das políticas e da regulação
É essencial implementar políticas integradas que conciliem o crescimento económico com a proteção ambiental, promovendo uma economia azul mais competitiva e resiliente. Para isso, são importantes leis claras e mecanismos eficazes de fiscalização, mas também incentivos e medidas que apoiem as empresas na adoção de práticas mais sustentáveis. O investimento em tecnologias de monitorização e gestão de resíduos pode transformar a forma como tratamos os recursos marinhos.
4 | Cooperação internacional: uma resposta global para desafios comuns
Num cenário global cada vez mais exigente, em que o cumprimento de metas ambientais definidas pelo Acordo de Paris e pela Agenda 2030 das Nações Unidas exige uma colaboração internacional mais integrada, é fundamental que Portugal reforce a sua participação em projetos multilaterais de investigação, inovação e conservação oceânica.
Proteger o mar exige uma visão partilhada e uma ação contínua. A Eco-Oil reafirma o seu compromisso com a inovação ao serviço da sustentabilidade, contribuindo para um futuro mais azul – em Portugal e no planeta.