Empresa portuguesa inova na reutilização de caixas de transporte de medicamentos (com VÍDEO)



Filipe Araújo, de 37 anos, e Fernando Marques, de 47, trabalhavam na indústria farmacêutica quando uma ideia simples os levou a despedirem-se dos seus empregos: lançar uma empresa de transporte de medicamentos com base na reutilização.

A empresa – Smart & Cold – foi recentemente abordada no Green Savers, mas a especificidade do tema e sustentabilidade do negócio levou-a ao Economia Verde – o programa da SIC Notícias do qual o Green Savers é co-produtor de conteúdos.

A ideia da Smart & Cold é simples: reutilizar os sistemas isotérmicos de transporte de medicamentos em temperatura controlada, uma solução barata e ecológica. Cada caixa de esferovite e acumulador de gelo, outrora capazes de uma única viagem, podem agora ser reutilizadas cerca de dez vezes.

“O transportador só entrega a caixa de medicamentos se trouxer de volta o esferovite e acumuladores de gelo. A caixa volta às instalações da Smart & Cold para ser higienizada. Também retiramos a caixa de cartão exterior e fazemos toda a limpeza, para voltar ao circuito fechado”, explicou Filipe Araújo ao Economia Verde.

Filipe, com formação em engenharia industrial, e Fernando, formado em ciências farmacêuticas, juntaram-se para dar resposta aos elevados custos e à falta de qualidade no transporte de produtos sensíveis à temperatura, nomeadamente entre os 2º C e os 8º C.

O operador logístico Logifarma comprava cerca de 2.500 caixas de esferovite por mês, um número com um grande impacto ambiental e económico. Por isso, apostou na Smart & Cold. “É uma mais-valia na redução de custos e a nível ambiental. Também nos permite pagar pela utilização e não ter o stock em casa”, explicou João Gomes, da Logifarma.

O próximo grande objectivo da Smart & Cold é aumentar o tempo de vida dos recipientes. Para tal, a dupla já pondera a mudança para as caixas de cortiça, capazes de “aguentar” mais do que dez utilizações.

Saiba tudo sobre esta inovação verde made in Portugal no episódio 145 do Economia Verde.

 





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