Governo angolano desaconselha temporariamente consumo de bivalves e moluscos



A ministra do Ambiente angolana disse ontem que amostras recolhidas da orla marítima de Luanda, afetada por uma alta concentração de algas, vão ser enviadas para um laboratório internacional, apelando à população que evite o consumo de moluscos.

Ana Paula de Carvalho referiu que o laboratório é certificado e pretendem confirmar a existência de toxinas ou não na zona.

Enquanto se aguarda pelos resultados finais, a governante angolana apelou à população para não consumir bivalves (kingoles, mabangas) e moluscos, por serem os principais filtradores da areia do mar.

“Em relação ao peixe não há muito problema, mas em relação aos moluscos temos que evitar no sentido de podermos ter mais à frente alguma epidemia, alguma situação. O melhor é evitar o consumo, até que tenhamos os resultados finais”, disse a ministra, em declarações à rádio pública angolana.

A recomendação para a população de Luanda estende-se igualmente para os habitantes das províncias de Cabinda (no norte do país) e do Namibe (no sul).

Um comunicado do Ministério do Ambiente dava conta que um fluído em grandes proporções abrangeu áreas próximas ao porto de Luanda, porto pesqueiro e regiões adjacentes, incluindo a baía do Mussulo.

Há pelo menos três meses, segundo relatos de pescadores e moradores da zona, a orla marítima de Luanda está afetada por uma alta concentração de algas da espécie ‘Noctiluca scintillans’, segundo resultados preliminares de uma investigação realizada por duas organizações de defesa ambiental.

O Governo angolano criou um grupo multissetorial que integra representantes de várias instituições, para garantir uma abordagem integrada e eficaz para identificar a origem do fluído e implementar medidas necessárias para mitigar os impactos.

A pesquisa da EcoAngola e dos Guardiões da Costa Mwangolé aponta para um aumento de algas da espécie ‘Noctiluca scintillans’, conhecida por causar florações bioluminescentes e deterioração da qualidade da água quando cresce excessivamente.





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