Greenpeace continua a luta contra a exploração madeireira ilegal na Floresta de Białowieża



Activistas de 12 países europeus, convocados pelo Greenpeace Polónia, juntaram-se uma vez mais para impedir o corte e transporte de árvores na Floresta de Białowieża, na Polónia, onde o abate continua apesar da decisão do Tribunal de Justiça Europeu contra a desflorestação da última floresta virgem da Europa.

Exibindo cartazes com as frases “Nós somos a floresta. Estamos em perigo” ou “Salvem Białowieża “, os manifestantes do Greenpeace bloquearam as estradas, exigindo que os madeireiros cumpram a decisão do Tribunal e parem de cortar as árvores centenárias.

A luta por Białowieża é antiga. Em Março de 2016, o ministro polaco do Ambiente, Jan Szyszko, aprovou alterações ao plano de gestão de Bialowieza, autorizando o triplicar das operações madeireiras naquela floresta, bem como o abate em zonas até então sem qualquer intervenção. A decisão foi justificada com a necessidade de combater uma praga causada por um escaravelho. No entanto, a Comissão Europeia considerou que tais medidas “não são compatíveis” com os objectivos de conservação do local, por isso Bruxelas pediu ao Tribunal de Justiça Europeu para aplicar medidas que levassem a Polónia a suspender imediatamente o abate. Em Julho, uma ordem judicial obriga à cessação do programa de exploração madeireira em Białowieża, que o governo da Polónia teima em não cumprir.

Białowieża, perto da fronteira com a Bielorrússia, faz parte da Rede Natura 2000 está classificada como Património da Humanidade pela Unesco desde 1979. Com uma área de cerca de 141 mil hectares e uma zona tampão com mais de 166 mil hectares, ali vive a maior população de bisonte-europeu (cerca de 25% da população mundial desta espécie). Mas além deste animal emblemático, símbolo da floresta, Białowieża também é “casa” de outras 59 espécies de mamíferos, mais de 250 espécies de aves, 13 de anfíbios, sete de répteis e mais de 12.000 de invertebrados.

Foto: Greenpeace





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