Investigadores do Porto vão desenvolver tecnologias para transformar águas poluídas



Investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) lideram um projeto que, com um financiamento total de 1,5 milhões de euros, pretende desenvolver novas tecnologias para a transformação de águas poluídas, foi hoje anunciado.

Numa nota publicada hoje no ‘site’ da Universidade do Porto, o gabinete de comunicação da FEUP avança que o projeto, intitulado NanoCatRed, assegurou em julho um financiamento de 300 mil euros (num total de 1,5 milhões de euros) através do programa UT Austin Portugal.

O projeto, liderado pelo Laboratory of Separation and Reaction Engineering – Laboratory of Catalysis and Materials (LSRE-LCM) da FEUP, pretende responder a um desafio: “desenvolver tecnologias que permitam a produção de água para consumo humano ou industrial, reutilização ou descarga para o ambiente, sem impactos negativos na saúde pública e nos ecossistemas”, explica a nota.

Estas tecnologias, que vão dar seguimento à investigação do LSRE-LCM, assente no desenvolvimento de nanocatalisadores para tratamentos de água, terão potencial para substituir outras soluções mais dispendiosas ou que introduzem dificuldades ao nível do manuseamento e gestão.

“A catálise aplicada a esta problemática oferece a possibilidade de promover reações químicas que transformam estes poluentes em outros compostos sem perigosidade, como por exemplo o azoto”, assegura a FEUP.

Além dos investigadores da FEUP, o projeto, que tem a duração de três anos, conta com a participação da empresa Adventech, do International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL) e da University of Texas at Austin (Estados Unidos da América).

Segundo a FEUP, estas colaborações permitirão conciliar o contributo de investigadores especialistas em nanomateriais e nanotecnologias, bem como o desenvolvimento de um protótipo a escala reduzida que será testado em “condições próximas das reais”.

O NanoCatRed é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do programa COMPETE2020 e do NORTE2020, e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no âmbito do programa UT Austin Portugal.





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