Investimento de 17,75ME em Valongo para melhorar qualidade da água do Rio Leça



A requalificação e modernização da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ermesinde e Alfena deverá arrancar em 2026, após ser garantido o apoio comunitário ao investimento de 17,75 milhões de euros, anunciou hoje a Câmara de Valongo.

Segundo a autarquia do distrito do Porto, o investimento será financiado em 70% por fundos comunitários, no âmbito do Programa NORTE 2030 – Ciclo Urbano da Água em Alta, devendo a obra ser adjudicada até ao final do ano.

Fonte do município revelou à Lusa que a previsão de duração da obra é de dois anos, devendo estar concluída em 2028.

No comunicado, o município avança que, para além de “contribuir para a melhoria da qualidade da água do Rio Leça, promovendo a sustentabilidade ambiental, a ampliação da ETAR permitirá a produção de energia elétrica em cogeração [processo de produção e utilização combinada de calor e de eletricidade]”.

Em funcionamento desde 1998, a ETAR de Ermesinde e Alfena encontra-se com a capacidade sobrecarregada devido ao aumento da população que serve atualmente: cerca de 39.000 habitantes em Ermesinde e 14.000 em Alfena, assinala a autarquia.

Construída para tratar 8.040 metros cúbicos de efluentes por dia, a ETAR recebe atualmente, em média, 10.317 metros cúbicos/dia. Quando as obras estiverem concluídas, a capacidade aumentará para 14.322 metros cúbicos/dia, acrescenta.

A empreitada, que tem um custo estimado de 17.750.000,00 euros, inclui a construção de uma nova estação elevatória de efluente bruto, de um novo tratamento preliminar e de uma terceira linha de tratamento com novos reatores biológicos, adaptados para a remoção de azoto total e fósforo total, em conformidade com a mais recente legislação ambiental e a inclusão de uma etapa de digestão anaeróbia de lamas, com valorização do biogás em cogeração.

Citado pela nota de imprensa, o presidente da autarquia, José Manuel Ribeiro, afirmou estarem a “cumprir o objetivo primordial de despoluir o Rio Leça”, bem como “recuperar e reabilitar o Corredor do Leça, devolvendo a qualidade da água e preservando a biodiversidade do único rio que nasce e desagua na Área Metropolitana do Porto”.






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