JMJ: Evento pode ser oportunidade para gerar sociedade preocupada com o clima

O cofundador do movimento de ação ambiental ‘Extinction Rebellion’ Robin Boardman defendeu hoje que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa em agosto, pode ser uma oportunidade para gerar uma sociedade preocupada com as alterações climáticas.
“Eu penso que o Papa [Francisco] diz algumas coisas boas sobre as alterações climáticas e, para mim, é muito importante que todas as religiões se juntem nesta crise. No Reino Unido temos grupos de muçulmanos e cristãos. Quero isso também em Portugal”, afirmou o ativista em entrevista à agência Lusa.
Robin Boardman está em Lisboa onde falará sobre o ressurgimento do ‘Extinction Rebellion’ e a crise climática esta quinta-feira e no dia 13 de julho no Goethe-Institut.
“Neste momento, não temos ações previstas (…), mas [a JMJ] pode ser uma boa oportunidade para criar uma comunidade de cristãos que se preocupam com o tema”, adiantou.
Referindo-se à JMJ – encontro de jovens de todo o mundo com o Papa Francisco, que decorrerá na primeira semana de agosto – Robin Boardman disse que o Papa poderá influenciar as pessoas para “criar uma visão mais ecologista”.
O ‘Extinction Rebellion’ é um movimento ambiental global que utiliza a desobediência civil não-violenta para tentar deter a extinção massiva das espécies e minimizar o colapso da sociedade.
Os seus elementos têm organizado iniciativas como sentarem-se à volta de aviões particulares, enquanto outros circulam de bicicleta em redor das aeronaves, impedindo-os de descolarem.
O movimento nasceu em 2018 depois de ativistas britânicos se terem reunido na praça do parlamento em Londres para anunciar uma declaração da rebelião contra o governo do Reino Unido.