Mais antigo primata do mundo media sete centímetros



Foi descoberto o mais antigo fóssil de primata da Terra conhecido até hoje. Trata-se de um esqueleto quase completo de um minúsculo animal – que não tinha mais de sete centímetros de altura e 28 gramas de peso, sendo capaz de caber da palma da nossa mão. O fóssil terá cerca de 55 milhões de anos, tornando-se assim no mais longínquo antepassado conhecido do Homem.

A equipa de paleontólogos disse que o esqueleto foi recuperado do leito de um antigo lago na província de Hubei, na região central da China. Pertence a uma espécie nunca antes vista. Mas um dos investigadores identificou-o como sendo o mais antigo conhecido antepassado do társios – um pequeno e noctívago primata que habita as florestas do sudeste da Ásia.

O esqueleto pertence a uma espécie ainda menor do que o actual primata mais pequeno do mundo – o lémure-rato-pigmeu de Madagáscar, de nove centímetros. Segundo os cientistas, “difere radicalmente de qualquer outro primata, vivo ou fossilizado, conhecido pela ciência”.

Tem os pés de um pequeno macaco, os braços, as pernas e os dentes de um primata muito primitivo e um crânio dotado de olhos surpreendentemente pequenos. O esqueleto revela que o animal estava bem adaptado à vida nas árvores, com os seus longos membros, finos dedos e uma longa cauda, maior do que o seu corpo.

Seria, portanto, exímio a saltar entre as copas das árvores, alimentando-se de insectos. Os cientistas baptizaram-no de Archicebus Achilles, revela o The New York Times.

A descoberta acrescenta peso à evidência de que os primatas tiveram origem na Ásia – e não em África – e que surgiram logo após a extinção dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos.

Aproxima ainda os cientistas da identificação de um momento crucial na evolução dos primatas e humanos: a divergência entre a linhagem que conduz os antropóides – que incluem os macacos, os grandes símios e os seres humanos – e a que conduz os társios.

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