Mais de 75% das espécies nativas de répteis, aves, morcegos e peixes em risco de extinção na Nova Zelândia

O relatório do estado do Ambiente na Nova Zelândia, publicado a cada três anos, revela que mais de 75% das espécies nativas de répteis, aves, morcegos e peixes de água doce estão ameaçadas de extinção ou correm o risco de ficarem ameaçadas.
O documento reúne dados estatísticos e investigações científicas do último triénio sobre cinco principais áreas: ar, atmosfera e clima, água doce, ambientes terrestres e ambientes marinhos.
Em comunicado, o Secretário do Ambiente neozelandês, James Palmer, salienta que muitos dos dados sobre o ambiente no país são preocupantes, com o relatório a mostrar “riscos bem reais para pessoas, comunidades e lugares, como resultado de fatores como água potável não segura, e contínuos riscos de cheias exacerbados por um clima em mudança”.
Avança o relatório que “a biodiversidade única da Nova Zelândia tem uma grande proporção de espécies ameaçadas ou em risco – uma das maiores no contexto da crise global da biodiversidade”, com mudança nos usos do solo, a poluição, as alterações climáticas e as espécies invasoras como os principais perigos.
As estimativas apontam, relativamente às espécies nativas do país, que 94% das dos répteis, 82% das aves, 80% dos morcegos, 76% dos peixes de água doce e 75% dos anfíbios estão ameaçados de extinção ou em risco de se tornarem ameaçados.
Ainda assim, não afasta que haja algumas razões para otimismo, uma vez que o relatório “apresenta evidências de tendências a estabilizar ou a serem revertidas”, seja devido a mudanças nos comportamentos das populações ou por medidas específicas.
“A mensagem aqui é que as mudanças que fazemos não precisam de ter um impacto negativo e que podemos reverter danos passados”, afirma Palmer.