Marca de roupa sustentável de Bono Vox perdeu €5,9 milhões em 2012



Está cada vez mais difícil a sustentabilidade da EDUN, marca de roupa fundada por Bono Vox e a sua mulher, Ali Hewson, em 2005. A marca, que se inspira na cultura africana e promove as práticas éticas e sustentáveis, não pára de perder dinheiro, acumulando perdas de €40,8 milhões (R$ 130 milhões) desde o seu lançamento.

Segundo o Irish Times, que teve acesso ao relatório do Companies Registration Office irlandês, a marca tinha já perdido €6,3 milhões (R$ 20,3 milhões) em 2011. Em 2009, quando a Louis Vuitton Moët Hennessy comprou 49% da marca, os prejuízos rondavam os €8,2 milhões (R$ 26,3 milhões).

Ainda assim, e de acordo com Bono e Ali, o futuro da marca não está em risco. No último relatório, o casal assume-se “muito satisfeito com os progressos feitos em 2012, que estão em linha com as projecções do plano estratégico a cinco anos”.

“Tem sido difícil e acho que fomos um pouco ingénuos sobre os desafios, quando começámos. Não estamos a ganhar dinheiro, mas sobrevivemos a uma recessão. Ainda estamos no jogo e a crescer, é um compromisso a longo prazo”, admitiu, porém, Ali Hewson.

A EDUN pretende mudar as relações comerciais actuais das empresas com o continente africano, promovendo a sua cultura e indústria da moda. Cerca de 90% das roupas são feitas em países em desenvolvimento, como o Peru, Tunísia e Lesoto. Tanzânia, Quénia, Madagáscar, Marrocos, Uganda e China também foram escolhidos.

Em 2005, Ali dizia que outro dos objectivos era provar ao mundo ser possível ganhar dinheiro numa cadeia de fornecimento em que todos são bem tratados. O casal já reconheceu que parte do fracasso se deve ao foco na missão da marca, em vez da própria marca. Isto apesar de ela ter, como fundador, uma das pessoas mais conhecidas no mundo, o músico Bono Vox, dos U2.





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