Meio milhão de euros para valorizar cascata do rio Cabrão em Mondim de Basto



O Ministério do Ambiente anunciou ontem um investimento de meio milhão de euros na valorização das quedas de água do rio Cabrão, Mondim de Basto, com a criação de passadiços, trilhos e colocação de sinalética.

“As quedas do rio Cabrão são um tesouro natural que merece ser valorizado e preservado. Este projeto permitirá não só a melhoria das condições de visitação, mas também a promoção da biodiversidade e a criação de um espaço de lazer e educação ambiental para a população”, afirmou, citada em comunicado, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

O projeto prevê um investimento de meio milhão de euros, financiado pelo Fundo Ambiental, e será executado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A cascata situa-se no Parque Natural do Alvão, na freguesia de Bilhó, concelho de Mondim de Basto, distrito de Vila Real, e desce o rio Cabrão formando várias lagoas, havendo também, no local, moinhos de água antigos. Este rio desagua no Cabril, que é um afluente do Tâmega.

O projeto hoje anunciado visa a requalificação da zona, a criação de percursos pedestres e a promoção da biodiversidade local e inclui a criação de passadiços, a instalação de sinalética interpretativa e a criação de áreas de descanso.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira, disse à agência Lusa que este projeto vai ao encontro da estratégia municipal de valorização do património natural, salientando que se nota uma procura crescente por este território, desde a vila à serra, passando pelos espaços balneares do Tâmega, Cabril e Olo, onde se situam as quedas de água das Fisgas de Ermelo e onde abriu, recentemente, um centro interpretativo.

O projeto no rio Cabrão, acrescentou o autarca, inclui a construção de parques de estacionamento a montante e jusante da cascata, sendo que ao longo do percurso serão criadas plataformas de visitação.

Bruno Ferreira destacou a “beleza natural desta cascata” e disse que se pretende que os visitantes possam usufruir deste espaço em segurança.

O investimento, segundo o ministério, visa “promover o turismo sustentável, valorizar o património natural e cultural da região, além de sensibilizar a população para a importância da conservação da natureza”.

O projeto prevê também a reestruturação da vegetação, a requalificação dos trilhos existentes e a preservação do património natural e cultural, criando condições para o lazer e a mobilidade pedonal e ciclável.

“Este investimento é um exemplo de como podemos conciliar a proteção do ambiente com o desenvolvimento económico e social, ao transformar as quedas do rio Cabrão num destino turístico de excelência e ao promover a sua beleza natural e o seu valor histórico”, referiu ainda a ministra Maria da Graça Carvalho.

A intervenção arrancará em breve e a sua conclusão está prevista para 2025.

As quedas de água do Cabrão são um conjunto de elementos naturais, com grandes cavidades nas rochas e cascatas encaixadas num vale escarpado, dominado na base por afloramentos rochosos e calhaus graníticos.

O ministério disse que a presença de elementos históricos, como pontes, açudes e moinhos de água, acrescenta “um valor cultural significativo ao local”.





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