Moçambique: concluídas obras de segurança na maior lixeira de Maputo



O Governo japonês entregou hoje as obras do projeto piloto para melhorar a segurança da lixeira de Hulene, a maior de capital moçambicana, onde morreram 16 pessoas soterradas em fevereiro de 2018.

“As obras de melhoria hoje concluídas contribuem para a sua gestão segura através da diminuição do risco de deslizamento e incêndios”, declarou o ministro do Meio Ambiente do Japão, Shinjiro Koizumi, falando virtualmente durante a cerimónia de entrega do projeto em Hulene, na periferia de Maputo.

As obras, que começaram há um ano, estão orçadas em 102 milhões de meticais (1,1 milhão de euros), investidos através de uma ajuda não reembolsável do Japão.

O projeto contou com a aplicação da tecnologia japonesa designada “Método Fukuoka”, que consiste na transformação da lixeira de Hulene num aterro semi-aeróbico.

O “Método Fukuoka” tem como principal objetivo reduzir a geração de gases com efeito estufa e promover a decomposição do lixo de forma segura.

“Para que o lixo levado diariamente à lixeira seja gerido com segurança, além da mobilização de pessoal e máquinas necessárias, esperamos que Maputo utilize os conhecimentos e experiências acumulados através deste projeto para a gestão diária da lixeira”, afirmou Shinjiro Koizumi.

Na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte da maior lixeira da capital, com altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro em redor.

Dezasseis pessoas morreram no local, das quais sete eram crianças.

Em 2018, o Governo moçambicano anunciou que a lixeira de Hulene seria encerrada, numa operação estimada em 110 milhões de dólares (93 milhões de euros ao câmbio atual).





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