O projecto português que está a criar pastagens “extraordinariamente produtivas” (com VÍDEO)



O Terraprima é um dos projectos mais incríveis – e simples –, desenvolvido de raiz em Portugal para combater as alterações climáticas. O projecto, que começou no Instituto Superior Técnico (IST), promove o aumento da matéria orgânica no solo, propiciando um aumento da retenção de água e a fertilidade do solo e, paralelamente, diminuindo a sua susceptibilidade à erosão, mitigando os efeitos da seca e más práticas agrícolas.

Estas pastagens semeadas biodiversas são já usadas por cerca de mil agricultores portugueses, sobretudo no centro e sul do País, que em vez de semearem apenas uma espécie – ou deixarem o gado em pasto espontâneo – semeiam uma mistura com uma grande variedade de plantas.

“São pastagens extraordinariamente produtivas – chegam a semear-se 20 tipos diferentes de plantas. Como os trevos, que têm capacidade de ir ao ar buscar azoto e transformá-lo num fertilizante que põem no solo”, explicou ao Economia Verde Tiago Domingos, professor do IST e responsável pela Terraprima.

Por outro lado, este prado é usado para sequestrar dióxido de carbono, um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa e alterações climáticas. “Através da fotossíntese, as plantas tiram dióxido de carbono da atmosfera e vão transformá-lo na biomassa do solo”, continua Vítor Domingos.

Os agricultores que aceitarem a proposta da Terraprima recebem um pagamento através do Fundo Português de Carbono (FPC), por estarem a ajudar o País a emitir menos dióxido de carbono para a atmosfera.

Saiba tudo sobre as pastagens semeadas biodiversas no episódio 146 do Economia Verde.

Foto: Jsome1, sob licença Creative Commons

 





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