O que diz a investigação de alta qualidade sobre os efeitos ambientais das ondas de rádio?



Investigadores do governo australiano e da Universidade de Swinburne publicaram um novo documento que conclui que os estudos de boa qualidade não revelam qualquer efeito das ondas de rádio nas plantas e nos animais, enquanto os estudos de má qualidade revelam um impacto.

O mapa sistemático, publicado no The International Journal of Environmental Studies em julho de 2024, foi liderado pelo Professor Associado Ken Karipidis, Diretor Adjunto de Avaliação da Exposição ao Impacto na Saúde da Agência Australiana de Proteção contra a Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA).

As conclusões indicam que não há provas fundamentadas de que a exposição a ondas de rádio abaixo dos limites de segurança afete negativamente as plantas e os animais”, afirma o Professor Karipidis.

De um conjunto de mais de 26 000 estudos, apenas 334 artigos foram identificados como elegíveis para serem incluídos no mapa sistemático e para análise posterior neste estudo. Desses 334 estudos, apenas alguns foram considerados de boa qualidade pelos autores.

Os estudos de boa qualidade utilizaram métodos científicos rigorosos, como a avaliação adequada da exposição e grupos de comparação/controlo adequados.

Já os de má qualidade apresentados no documento apresentavam falhas como a ausência de controlos nas experiências, a utilização de uma avaliação deficiente da exposição à radiação e a não consideração de outros fatores ambientais como a poluição.

Chris Brzozek, da ARPANSA, foi o autor principal da revisão. “Embora os estudos de boa qualidade contribuam para o consenso da comunidade científica internacional sobre os efeitos das ondas de rádio nas plantas e nos animais, o número desses estudos era limitado e é por isso que precisamos de mais investigação para resolver quaisquer dúvidas”, afirma.

“A ARPANSA e o consenso científico internacional consideram que não existem efeitos para a saúde das plantas e dos animais decorrentes da exposição a ondas de rádio de baixo nível”, conclui.





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