Oceanos atingiram temperaturas recorde pelo terceiro ano consecutivo



Os oceanos atingiram temperaturas recordes pelo terceiro ano consecutivo, em 2021. Em comparação ao ano de 2020, houve um aumento de 14-16 zettajoules (ZJ).

Um estudo publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences analisa a informação obtida através de vários sensores que monitorizam os oceanos, desde o Antártico ao Pacífico. Os dados são facultados pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), através dos Centros Nacionais para Informação Ambiental, e pela Academia Chinesa de Ciências (CAS), através do Instituto de Física Atmosférica.

Segundo os especialistas, tem se vindo a registar um aquecimento desde os anos 50, e só no ano de 2021, foi observado um aquecimento entre 227 e 235 ZJ. O Oceano Atlântico e o Oceano Antártico são, entre todos, os que aqueceram mais, devido à maior concentração de gases com efeito de estufa (GEE). Além disso, estes dois mais o Mar Mediterrâneo e o Oceano Pacífico Norte, alcançaram uma temperatura recorde em 2021. Embora também se observe um aquecimento nos restantes oceanos, este varia por ano e por década.

“O aquecimento do oceano está a aumentar implacavelmente, a nível global, e este é um indicador primário da mudança climática induzida pelo homem”, afirma um dos autores do estudo, Kevin Trenberth.

A principal causa apontada pelos profissionais são as alterações climáticas, provocadas pela ação humana. O excesso de emissões de GEE para a atmosfera leva ao aquecimento da mesma e do próprio mar, que absorve o calor – o dito aquecimento global. Este fenómeno provoca uma série de consequências no Planeta, desde a subida do nível do mar, à perda de biodiversidade, até ao aumento de condições atmosféricas extremas, como tempestades e grandes chuvas.

 





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