População pede limpeza de rios para não repetir prejuízos com cheias em Alenquer



A população de várias localidades do concelho de Alenquer pede a limpeza dos rios para não voltar a ter prejuízos sempre que há cheias, estando uma intervenção nesse sentido prevista “para breve”, por parte da câmara municipal.

Na última reunião de câmara de Alenquer, habitantes de Barbas solicitaram uma intervenção da autarquia, tendo em conta os problemas existentes na Ribeira das Ceroulas, afluente do Rio de Alenquer que atravessa a localidade.

“O pilar da ponte faz com que os resíduos que o rio leva fiquem retidos e a água galga as margem e todos os anos temos inundações, a última mais grave foi em 2021, porque a linha de água não é limpa”, explicou Cláudia Pedro, uma das habitantes.

“Tivemos água pelos joelhos dentro de casa e na minha clínica veterinária e tivemos prejuízos gravíssimos, desde portas e mobílias que foram para o lixo”, continuou a moradora.

Em dias de maior pluviosidade, e face ao receio de inundações, “ninguém dorme” para tirar automóveis das garagens e arcas frigoríficas.

O problema arrasta-se há vários anos e, apesar de município e junta de freguesia conhecerem o problema, voltou em novembro a alertar a câmara municipal e “ninguém faz nada”.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da União de Freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, o independente Luís Cipriano, confirmou que o problema “é muito grave” e “arrasta-se há muitos anos”.

Segundo o autarca, não afeta apenas Barbas, mas também Aldeia Gavinha, Monte Gil e Merceana, localidades da freguesia atravessadas por vários afluentes do Rio de Alenquer.

“As pontes bloqueiam a passagem da água quando chove mais e deviam ser substituídas”, disse, confirmando que já ocorreram inundações desde há vários anos, como 2006 e 2021.

Na reunião pública da câmara municipal, o seu presidente, Pedro Folgado, admitiu que a limpeza dos rios “dentro do casco urbano é da sua responsabilidade”.

A intervenção “era para ter sido no final do ano passado, mas com as chuvas acabou por não ser”, e “está em agenda para (…) breve”, adiantou, sem apontar prazos ou estimativa orçamental.





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