Quercus preocupada com a pressão que as centrais de biomassa exercem sobre a sustentabilidade florestal



Hoje assinala-se o Dia Internacional de Ação sobre a Bioenergia, dia que, indica a Quercus, pretende alertar a sociedade para os riscos da utilização de bioenergia.

O grande problema desta fonte energética, que é considerada renovável, diz respeito ao facto de usar pedaços de madeira para queima. Diz a Quercus que existem florestas nativas em vários países do mundo que estão a ser dizimadas para a produção destes pedaços de madeira (pellets), com o objetivo de gerar eletricidade, decorrente de políticas energéticas desajustadas. É um cenário que também poderá ocorrer no futuro em Portugal para dar resposta à necessidade de matéria-prima para alimentar as centrais de biomassa existentes e previstas no nosso País.

“A Quercus está preocupada com as centrais de biomassa e as consequências do crescimento destas novas estruturas, com apoios públicos, tornando-se uma das novas fontes de produção de energia elétrica.” A preocupação, indica a Quercus, está no facto de haver cada vez mais necessidade de madeira para alimentar estas centrais. Neste momento, esse valor está nas cinco milhões de toneladas/ano.

Esta situação pode tornar-se insustentável devido ao uso desadequado dos recursos florestais para tentar acompanhar o grande crescimento desta fonte de energia, que poderá vir a ser um dos grandes problemas para o futuro sustentável das florestas.

A Quercus acredita que o uso de biomassa vai aumentar a pressão sobre os ecossistemas florestais, nomeadamente sobre o arvoredo, o que pode acarretar um impacte negativo no que toca à degradação das florestas e à desflorestação já em curso no país – todos os anos, desaparece uma área equivalente ao concelho de Lisboa.





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