UE torna obrigatórios relatórios de sustentabilidade para grandes empresas



A União Europeia (UE) aprovou ontem uma lei que obriga as grandes empresas a reportarem os seus resultados ligados à responsabilidade social e ambiental, incluindo-os nos seus relatórios financeiros anuais.

A nova lei – que recebeu 599 votos a favor e 55 contra, no Parlamento Europeu – aplica-se a empresas de capital aberto com mais de 500 colaboradores. Agora, elas terão de identificar, no seu relatório anual, as “políticas, riscos e resultados” em relação a temas como “impacto social, ambiental e de direitos humanos, diversidade e políticas anti-corrupção”.

Hoje, cerca de 2.500 empresas produzem, voluntariamente, relatórios de sustentabilidade. Com a nova lei, cerca de 7.000 empresas serão obrigadas a fazê-lo a partir de 2017, data em aquela entra em vigor.

As empresas serão ainda encorajadas a utilizar quadros uniformes e reconhecidos, como o GRI (Global Reporting Initiative).

Vários deputados europeus consideraram este dia “histórico” para a sustentabilidade na Europa, prevendo que as empresas terão de começar a aplicar medidas verdadeiramente sustentáveis e, com isso, deixarão de poder socorrer-se do “greenwash”.

A nova lei foi proposta pela primeira vez em 1999 pelo britânico Richard Howitt. “É um grande passo para os relatórios integrados em todas as empresas mundiais”, explicou Howitt. “Todas as provas nos dizem que a transparência é a melhor forma de mudarmos o comportamento de negócio. Esta lei europeia irá evitar escândalos corporativos e dará um salto na transição para uma economia sustentável”, continuou.

Em 2011, 95% das 250 maiores empresas do mundo produzem realtórios de sustentabilidade anuais – um crescimento de 15% em relação a 2008, de acordo com a consultora KPMG.

Foto:  kevin dooley / Creative Commons





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