World Ocean Summit: A descarbonização do transporte marítimo



Está a decorrer desde o início da semana o World Ocean Summit Virtual Week, um evento dedicado à promove uma economia sustentável do oceano. Hoje foi discutido em algumas sessões o papel do transporte marítimo de carga e de passageiros na descarbonização, e a importância de reunir todos os atores da indústria e de investir em novas tecnologias para reduzir as emissões no setor.

Esben Poulsson, Presidente da International Chamber of Shipping, considera este setor “bastante responsável” e relembra a estratégia proposta em 2020 de um investimento de 5 mil milhões de dólares para investigação e desenvolvimento (P&D) de apoio à descarbonização. O mesmo garante “que a indústria sabe realmente o que tem de fazer”, e que “está a tentar” no entanto, admite que não receberam “a melhor resposta por parte dos países”, e que no final, é necessário que as propostas sejam aprovadas pela Organização Marítima Internacional (IMO) enquanto autoridade para a segurança, proteção e desempenho ambiental do transporte marítimo.

Pontos chave apontados como necessários no futuro para a redução das emissões no setor são a eletrificação dos navios, a utilização de combustíveis alternativos e de novos sistemas de propulsão.

Prashant Athipar, da BHP, por outro lado, acrescenta que “os navios do futuro não são apenas à base de combustível alternativo”, e deixa claro que a questão também envolve “muito pensamento e ideias inovadoras” para que possa vir a existir “um transporte sustentável no futuro.”

Kitack Lim, secretário-geral da IMO, apela ainda no seu discurso: “Vamos todos colocar os operadores de navios no centro da nossa conversa e ação este ano; lidar com esta questão humanitária [da Covid-19] requer cooperação e colaboração entre todas as partes interessadas. O transporte é global e internacional. Dar resposta a esta questão não pode ser feito por um único ator – à semelhança do que acontece com as alterações climáticas. O transporte marítimo como qualquer outro setor precisa de descabornizar, recorrendo a novas tecnologias, a combustíveis alternativos e a infraestruturas para apoiar o transporte de contentores e carga geral”, conclui, sublinhando que nenhum país deve ser deixado para trás.





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