Zero Waste Urban ParksRede internacional lança estratégias para parques urbanos mais sustentáveis

No dia 15 de maio, o Instituto Superior de Agronomia (ISA) recebeu o Encontro “Práticas Lixo Zero em Parques Urbanos” para assinalar o encerramento do projeto europeu Zero Waste Urban Parks, mas também o início de uma nova fase: a inauguração de uma Rede Internacional de Parques Urbanos Lixo Zero e a partilha de ferramentas práticas para transformar qualquer parque num exemplo de sustentabilidade.
Nesta iniciativa essencial ao avanço da sustentabilidade urbana em Portugal e na Europa, organizações de Portugal, Espanha, Polónia e Bélgica trabalharam em conjunto para cocriar e pilotar medidas inerentes à criação de parques urbanos livres de desperdício, com o objetivo de agora difundir os seus conhecimentos e implementá-los à escala europeia.
Em Portugal, o projeto está a ser coordenado pela ONGD Zero Waste Lab, com financiamento do Programa Erasmus+ da União Europeia. Em parceria com o Instituto Superior de Agronomia (ISA), foram identificadas oportunidades e boas práticas que permitiram posicionar a Tapada da Ajuda como Parque Urbano Lixo Zero. Este foi o primeiro espaço português a integrar a Rede Internacional de Parques Urbanos Lixo Zero, tendo sido implementadas diversas medidas, entre as quais a criação de um espaço de picnic acessível a toda a comunidade.
A zona Zero Waste Picnic da Tapada da Ajuda – ISA (coordenadas: 38°42’40″N 9°11’06″W) foi inaugurada no evento do dia 15 de maio como um espaço-modelo que convida à redução do impacto ambiental de forma simples, com gestos acessíveis a qualquer visitante. Acima de tudo, simboliza a vontade de criar espaços verdes que educam e inspiram, e pode ser replicada por outras zonas verdes.
Neste espaço natural da Tapada da Ajuda, que convida ao encontro com a natureza, os visitantes encontrarão um espaço livre de infraestrutura, só com o essencial para a realização de um picnic livre de resíduos, como mesas e bancos de apoio. Não há caixotes do lixo, uma vez que os utilizadores são convidados a seguir os princípios Lixo Zero, levando consigo todos os resíduos que possam gerar: “Disfruta do Parque. Não leves apenas memórias, leva também o teu lixo”.
O evento reuniu ainda representantes da Fundação Calouste Gulbenkian, da Câmara Municipal de Lisboa, da Junta de Freguesia da Ajuda, do Instituto Superior de Agronomia e de vários municípios e freguesias, bem como estudantes universitários e escolas, num ambiente de troca de experiências e motivação. Foram também apresentadas experiências inspiradoras dos parques parceiros:
• Vrijbroekpark (Bélgica)
• Parque Grabiszyński (Polónia)
• Parque del Alamillo (Espanha)
Cada um com abordagens próprias, mas com um objetivo comum: provar que um parque pode não só ser lixo zero, mas também, mais do que isso, inspirar para a criação de cidades mais humanas, regenerativas e resilientes.
UM GUIA PRÁTICO: O HANDBOOK ZERO WASTE URBAN PARKS
Um dos grandes legados do projeto Zero Waste Urban Parks é o Guião de Boas Práticas para Parques Urbanos Lixo Zero – um documento acessível gratuitamente através do website da Zero Waste Lab. Este manual está disponível em cinco idiomas, incluindo português, e reúne estratégias testadas nos quatro países europeus, bem como orientações práticas para municípios, gestores de espaços verdes, associações ou cidadãos empenhados em transformar os seus parques. Há mais informações sobre o guião de boas práticas neste vídeo.
LANÇAMENTO DA REDE INTERNACIONAL DE PARQUES URBANOS LIXO ZERO
Foi também lançada a Rede Internacional de Parques Urbanos Lixo Zero, aberta a todas as entidades interessadas em aprender, partilhar experiências e cocriar soluções concretas para a gestão sustentável de espaços verdes. A rede funcionará como uma comunidade prática, onde qualquer parque pode aderir, desde que interessado em fazer este caminho rumo ao Lixo Zero. Para aderir, basta enviar um email para hello@zerowastelab.pt com a manifestação de interesse de adesão.
UMA CHAMADA À AÇÃO: TODOS PODEMOS FAZER MELHOR
A Zero Waste Lab, promotora do projeto em Portugal, reforça a sua disponibilidade para apoiar entidades públicas e privadas na transição para modelos de gestão mais sustentáveis em parques e outros espaços verdes. Acreditamos que todos podem iniciar este caminho – com apoio, com ferramentas e com vontade de colaborar