Fundação Air Liquide investe €120 mil na investigação dos mangais da Nova Caledónia



A Fundação Air Liquide vai apoiar, durante dois anos e com €120 mil, os trabalhos do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento, um organismo de investigação europeu que tem como objectivo aprofundar o balanço de CO2 no mangal da província de La Foa, na Nova Caledónia.

A Nova Caledónia aloja cerca de 35 mil hectares de florestas de mangais, ao longo do seu território costeiro. O mangal é uma floresta litoral constituída por mangais nas zonas costeiras da cintura intertropical, mas este ecossistema, rico em biodiversidade está ameaçado: estima-se que 1 a 2 % dos mangais em todo o mundo desapareça, por cada ano que passa.

As investigações vão consistir na análise dos fluxos de CO2 provenientes dos diferentes estratos do mangal: parte submersa, solo e dossel (parte superior do mangal).

Os resultados obtidos permitirão adquirir uma visão global dos fluxos de CO2 do ecossistema do mangal e serão integrados no seio de observatórios encarregados de seguir a evolução dos mangais, em função das alterações climatéricas globais.

O financiamento destes trabalhos inscreve-se no âmbito de um dos três eixos de mecenato da Fundação Air Liquide: a investigação científica para a preservação do ambiente.

O mangal desempenha um papel primordial no ciclo do carbono, dada a sua forte capacidade de transformar o CO2 presente na atmosfera em matéria orgânica. O conhecimento deste ciclo ainda apresenta algumas lacunas. O balanço do conjunto do ecossistema do mangal (solos, vegetação e água) ainda não é conhecido com exactidão.

No momento actual, a globalidade do ecossistema é um poço de CO2. No entanto, alguns dos seus compartimentos (solos e água) podem funcionar como uma fonte de CO2. Por essa razão é necessário quantificar os fluxos de CO2 no seio do mangal para afinar a compreensão desse ciclo.





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