Adobe for Women: arquitectura sustentável low cost pode chegar a Portugal



Fundada pelo ateliê português blaanc bordeless architecture e pelo mexicano CaeiroCapurso, a associação Adobe for Women está a combater a pobreza e problemas habitacionais com a construção de casas sustentáveis, low cost, e que são erguidas com a ajuda dos seus futuros moradores.

Tendo como base a visão do arquitecto mexicano Juan José Santibañez, que há 20 anos ajudou mulheres pobres a construírem as suas próprias casas, o Adobe for Women começou o seu trabalho em Março último, na aldeia indígena de San Juan Mixtepec, em Oxaca, México.

Ao todo, estão a ser construídas 20 casas sustentáveis, que utilizam materiais locais e têm um custo total de €3.830.

“É aflitivo ver o número de pessoas que vivem em más condições de habitação, um número que aumenta de dia para dia. Para muitos, ter um sítio a que possam chamar casa, com o mínimo de condições, é um sonho que nunca se irá realizar”, explicou à revista Impulso Positivo uma das fundadoras da associação, Carmo Caldeira.

“ O consumo desenfreado de matérias-primas por parte da indústria da construção faz com que o arquitecto tenha um papel realmente preponderante, pela sua responsabilidade na procura de soluções mais sustentáveis e mais humanas”, continuou a arquitecta.

As futuras moradoras das casas sustentáveis têm um papel muito activo em todo este processo. Elas são ajudadas por um mestre-de-obras, pelas visitas quinzenais de alguns membros da associação e outros voluntários, mas são as responsáveis pelo projecto.

Assim, estas 20 mulheres foram divididas em quatro equipas de cinco elementos. Duas das equipas trabalham na obra, enquanto outras duas se dedicam às suas tarefas diárias. Depois, revezam-se.

Depois do México, o projecto deverá chegar a Portugal, Brasil e Gana. “Claro que adoraríamos desenvolver um projecto em Portugal, ou num país de língua portuguesa, onde existem com certeza realidades semelhantes a esta e é necessário e urgente ajudar a melhorar as condições de vida das pessoas”, concluiu Carmo Caldeira.

A Adobe for Women está constantemente à procura de financiamento e voluntários. Saiba como pode ajudar em http://www.adobeforwomen.pt/





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