Cueva de los Cristales: uma caverna mexicana com cristais gigantes



Em Naica, uma localidade remota do norte do México, a uma hora de distância da cidade de Chihuahua, existe uma gruta onde os cristais podem atingir os 11 metros de comprimento. Até há pouco tempo, a localidade era apenas conhecida pelo seu minério de prata, mas a descoberta da Cueva de los Cristais (Caverna dos Cristais), em 2000, tornou o local numa atracção turística.

A descoberta da caverna, aliada ao minério, onde a maior parte dos habitantes de Naica trabalha, e os subornos às autoridades são os ingredientes suficientes para tornar o local num mercado negro. Além do contrabando de prata também os cristais são vendidos paralelamente.

Porém, nada é comparável a estes cristais gigantes. A caverna de calcário e os seus cristais foi descoberta no início do milénio por dois irmãos que faziam perfurações para escavar um novo túnel na mina de Nica, uma das mais produtivas do México, de onde são extraídas toneladas de prata anualmente.

O processo geológico de criação de chumbo e prata oferece também as condições para a formação de cristais e, em Nica, os mineiros já escavaram o suficiente para revelar estes cristais. Porém, além da beleza destas formações geológicas uma questão que ainda intriga os geólogos é como é que estes cristais cresceram tanto.

Alguns dos cristais atingem os 11 metros de comprimento e pesa 55 toneladas e encontra-se a 300 metros de profundidade. Os cristais formaram-se ao longo de meio milhão de anos, resultando de uma lenta cristalização em meio aquoso saturado com cristais, nomeadamente o gesso, com temperaturas a rondar os 58°C.

A esta temperatura a anidrita, que é abundante na caverna, dissolveu-se na água em forma de gesso, que posteriormente cristalizou sob a forma de grandes cristais. A água quente, necessária à cristalização, atingiu as temperaturas necessárias por que nas imediações da Cueva de los Cristais existe uma câmara magmática, que aqueceu a água.

O acesso à caverna só foi possível depois da drenagem e bombeamento da água. Devido à proximidade da câmara magmática, as temperaturas no interior da caverna atingem temperaturas na ordem dos 50°C e a humidade é de cerca de 90%, o que proporciona uma sensação térmica muito maior.

Quando se inala o ar da caverna, os fluídos pulmonares, a uma temperatura mais baixa que o ar exterior, começam a condensar nos pulmões o que é perigoso. Assim, é necessário entrar no local com equipamento de protecção. A permanência no local sem material de arrefecimento e máscara de ar provoca a morte em pouco mais de dez minutos e mesmo com equipamento, a permanência não deve ser superior a 45 minutos.

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