Atlantis: projeto pioneiro transforma o oceano em sala de aula



Os oceanos ocupam a maior parte da superfície do Planeta e são essenciais para a nossa vida e bem-estar. Além de serem reguladores do clima e fundamentais para o combate das alterações climáticas, são grandes aliados para o desenvolvimento de um futuro sustentável – a nível económico, energético e alimentar.

Face às várias ameaças provocadas pelo Homem, que têm posto em risco a sua saúde, é cada vez mais importante consciencializar as comunidades para a preservação deste meio.

É neste contexto que surge o Programa Atlantis, um projeto pioneiro português de educação ecológica subaquática que transforma o oceano em sala de aula. O Atlantis promove a Literacia do Oceano, a partir da combinação do mergulho livre com a educação ecológica e o desenvolvimento humano.

A primeira edição do projeto teve início este mês, na vila de Sesimbra, e conta com um grupo de 20 alunos do 8º ano da Escola Básica Navegador Rodrigues Soromenho. Com duração prevista até junho, as aulas subaquáticas vão dar a conhecer aos mais novos os ambientes marinhos e as suas espécies, e ensinar como devem agir em defesa dos mesmos.

O Atlantis baseia-se assim em três pilares:

No jogo Oásis -“Um jogo social de mobilização de um grupo de alunos que, através dos seus talentos e de forma colaborativa, desenvolvem um projeto para implementar na própria comunidade”;

No freediving: “Iniciação ao mundo aquático através da prática de mergulho em apneia. Desenvolve várias capacidades físicas, mentais, emocionais, e permite aos alunos conhecerem melhor a biodiversidade marinha e o seu habitat, de uma forma vivencial e impactante”;

Na ecologia profunda: “Um conceito que está presente em todas as atividades e ao longo do programa. Traz a visão da interdependência de todos os seres e a noção de que não existe separação entre Natureza e seres humanos. É uma visão integrativa, que ativa ações com consciência”.

Além desta vertente educativa, o programa é composto ainda por várias ações e eventos abertos à comunidade, como workshops, exposições e palestras.

“Este programa evolui da expedição Açores-Atlantis e da pesquisa da Oceans and Flow nos últimos cinco anos de atividade. Trouxemos estas pesquisas aquáticas para a sala de aula, com uma linguagem acessível e empática para os jovens, apostando nesta geração, que pode fazer a diferença no futuro. Esta é uma primeira edição que irá ter continuidade, não só em termos de capacitação de mais alunos, mas também na formação de uma rede de educadores subaquáticos, com quem queremos partilhar esta metodologia!”, explica Violeta Lapa, fundadora da Oceans and Flow e uma das educadoras subaquáticas responsáveis pela idealização do Programa.





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