BPI e FEI assinam acordo para garantir €155 milhões para a transição verde e digital das empresas portuguesas



O Banco BPI (BPI) e o Fundo de Investimento Europeu (FEI) assinaram hoje um acordo que prevê a mobilização de até €155 milhões em linhas de crédito para melhorar o acesso ao financiamento de empresas portuguesas de pequena e média dimensão (PME), informaram as entidades em comunicado.

Segundo a mesma fonte, o acordo, apoiado pelo programa InvestEU, “pretende alavancar o financiamento de empresas elegíveis em Portugal, para atividades em três categorias: setores culturais e criativos, inovação e digitalização, e sustentabilidade”.

Garantia para a Sustentabilidade

Com o apoio do programa InvestEU, o BPI vai disponibilizar financiamento para investimentos centrados na transição para uma economia verde e sustentável. Vai apoiar investimentos inclusivos, verdes e eco-friendly de até cerca de €69 milhões em áreas como a descarbonização, energias renováveis, eficiência energética, mobilidade com baixas emissões ou de nível zero, resiliência climática e economia circular, beneficiando de taxas de juro reduzidas e de requisitos colaterais.

Garantia para a Inovação e Digitalização

Também ao abrigo do InvestEU, o BPI vai disponibilizar financiamento de até €57 milhões para apoiar empresas que invistam em digitalização e inovação, incluindo atividades de I&D e a adoção de novas tecnologias.

Garantia para Setores Culturais e Criativos

O BPI vai disponibilizar mais instrumentos de dívida a empreendedores e empresas públicas e privadas do setor cultural e criativo, nomeadamente em áreas como o audiovisual (incluindo cinema, televisão, animação, videojogos e multimédia), festivais, música, literatura, arquitetura, arquivos, bibliotecas e museus, artesanato artístico, património cultural, design, artes performativas, editores, rádio e artes visuais. Esta garantia permitirá mobilizar até cerca de €29 milhões em linhas de crédito para estes negócios.

“Uma das principais prioridades do FEI é assegurar a competitividade das PME europeias que estão empenhadas na transição digital e verde. Com este acordo e o financiamento do InvestEU durante tempos turbulentos, as empresas portuguesas vão poder aceder ao financiamento de que necessitam à medida que avançam para a uma economia mais inovadora, digital e sustentável. Ao mesmo tempo, vai oferecer apoio a empresas em indústrias criativas e culturais que desempenham um papel tão importante na definição da nossa identidade a nível local e europeu”, sublinhou Roger Havenith, Vice-Presidente Executivo do FEI.

Já João Pedro Oliveira e Costa, Presidente Executivo do BPI, disse que “este acordo reforça a parceria estratégica entre o BPI e o FEI na mobilização de instrumentos financeiros para apoiar as PME. É muito importante que o BPI tenha sido selecionado pelo FEI para a implementação do InvestEU em Portugal. É um sinal de confiança e a confirmação do sucesso do trabalho que temos realizado desde há muito tempo. Este acordo também reafirma o compromisso do BPI com a Sustentabilidade, o principal objetivo que inscrevemos no nosso Plano Estratégico, além do apoio às empresas na transição para uma economia mais verde e digital.”

Ricardo Mourinho Félix, Vice-Presidente do BEI, referiu que “este acordo com o Banco BPI demonstra o forte compromisso do Grupo BEI com as empresas portuguesas que estão empenhadas na inovação e digitalização, bem como na sustentabilidade ambiental. Estamos satisfeitos que o nosso apoio conjunto vá fomentar as condições para melhorar a eficiência energética e integrar as energias renováveis numa solução para o fornecimento seguro de energia e a descarbonização das economias da UE.”

Paolo Gentiloni, Comissário Europeu para a Economia, salientou que “o InvestEU é uma ferramenta crítica para apoiar pequenas e médias empresas em toda a Europa a operar em setores culturais e criativos, digitais e sustentáveis. Este acordo InvestEU vai ajudar Portugal a progredir para uma economia mais verde, digital e inovadora. Estou encantado que, com este acordo, vamos poder disponibilizar o suporte necessário de que as empresas portuguesas nestes setores cruciais precisam para continuar a crescer e a criar postos de trabalho de qualidade.”





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