Consórcio com Politécnico da Guarda lança 2.º programa para ideias na economia azul



O consórcio europeu liderado pelo Politécnico da Guarda para promover a economia azul lançou o segundo programa de aceleração destinado a acolher ideias, visando tornar os negócios mais competitivos através das tecnologias digitais.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) explicou que, tal como no primeiro programa de aceleração, lançado no final de 2024 pelo consórcio, que reúne entidades de Espanha, França, Irlanda e Portugal, os estudantes e ‘startups’ do espaço europeu vão poder apresentar, até 28 de julho, ideias que tornem os negócios ligados à economia do mar mais inovadores e competitivos através das tecnologias digitais.

Posteriormente, “um painel de avaliadores independente apurará quais são as melhores soluções apresentadas para os desafios em causa e convidará os seus autores para um programa de aceleração, todo ele ‘online’ e em inglês, que os irá apoiar na tentativa de transformar essas ideias em negócios”.

O presidente do IPG, Joaquim Brigas, afirmou que “o lançamento de mais um programa de aceleração representa um passo concreto na construção de soluções inovadoras e colaborativas para os grandes desafios da economia azul”.

A intervenção do Politécnico da Guarda nos programas de aceleração para a economia azul no Atlântico passará por módulos de formação avançadas em ‘Blockchain’ e Cibersegurança.

Denominado ADT4Blue – Tecnologias Digitais Avançadas para a Economia Azul, o consórcio reúne 13 parceiros (associações, empresas, centros de investigação e instituições de ensino superior), sendo as administrações dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz e a INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro, além do Politécnico da Guarda, as entidades nacionais.

O projeto é cofinanciado pelo programa Interreg Atlantic Area, com 3,1 milhões de euros, e arrancou em setembro de 2023.

O investigador do IPG Pedro Fonseca salientou que “estes programas de aceleração da ADT4Blue são uma oportunidade para transformar ideias em soluções concretas, sustentáveis e tecnologicamente viáveis no domínio da economia azul”.

O objetivo é dar “resposta a problemas como a necessidade de melhorar as comunicações marítimas, o desenvolvimento de processos de limpeza de embarcações menos poluentes ou a redução da poluição por plásticos nos oceanos”, adiantou Pedro Fonseca.

“São programas de aceleração que oferecem formação avançada ao nível de empreendedorismo, mentoria personalizada e oportunidades de ‘networking’, estando prevista a constituição de equipas multidisciplinares para articular o desenvolvimento das propostas”, referiu o investigador.

O terceiro programa de aceleração está previsto para o final deste ano.

Joaquim Brigas realçou que a agenda desta iniciativa vai ao encontro dos compromissos saídos da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, que decorreu esta semana, em Nice (França), “nomeadamente a necessidade de reforçar a inovação sustentável no setor marítimo e de incentivar uma resposta transnacional aos desafios globais dos oceanos”.

Entre os compromissos da conferência estão o combate a todas as formas de poluição, preservar recursos oceânicos e biodiversidade marinha, incluindo o mar profundo, e fazer face aos efeitos das alterações climáticas.






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