Portugal contraria tendência europeia e aumenta deposição de resíduos em aterros



A Comissão Europeia anunciou que, entre 1995 e 2007, nos 15 Estados-membros mais antigos da União Europeia, a deposição de resíduos urbanos em aterros desceu de 62% para 42%, enquanto entre os 12 novos integrantes europeus, caiu de 87% para 79%. Em Portugal, a percentagem subiu de pouco mais de 50% para mais de 60%, contrariando a tendência da UE.

O Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território considera que os dados do relatório de balanço sobre a gestão do lixo da Comissão Europeia mostram “uma evolução positiva em matéria de gestão de resíduos e não uma degradação”, considerando que o recuso aos aterros “é o resultado directo do abandono da deposição em lixeiras”, apesar de contrário às directivas comunitárias, que afirmam que os aterros devem ser o último recurso para o lixo urbano.

Em 2008, 65,5% dos resíduos encontravam-se em aterros, sendo que esta alternativa desceu para 62% no ano seguinte, em favor da reciclagem e da incineração, revelou a Agência Portuguesa do Ambiente. Para a subida agora verificada pelo organismo europeu, o Governo explica que coincide com o período no qual foram encerradas mais de 300 lixeiras, substituídas por 34 aterros sanitários, duas incineradoras e uma rede crescente de recolha e reciclagem de resíduos.

Até 2012, deverá ser possível alcançar “valores mais consentâneos com a média europeia”, prevê a tutela, de acordo com a agência Lusa, citada pelo Correio do Minho. Até 2020, por sua vez, segundo as directivas da Comissão Europeia, será necessário reciclar 50% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e 70% dos resíduos de construção e demolição.





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