2,5 milhões de pessoas não têm acesso a uma casa de banho



Com a realização da Semana Mundial da Água, entre 1 a 6 de Setembro, foram destacados alguns factos desconcertantes já conhecidos – mais pessoas têm acesso a smartphones do que a casas de banho; ou 2.000 crianças morrem diariamente vítimas de doenças perfeitamente evitáveis relacionadas com a qualidade da água, como a diarreia.

A verdade é que 2,5 mil milhões de pessoas ainda não têm acesso a uma casa de banho. O facto é preocupante e, esta semana, em Estocolmo, defensores, políticos e cientistas reuniram-se para tratar a questão, muitas vezes esquecida, da defecação a céu aberto.

“Temos de quebrar tabus”, afirmou Jan Eliasson, secretário-geral adjunto da ONU. “Como aconteceu com a palavra ‘casa de banho’ há alguns anos, é altura de incorporar a expressão ‘defecação ao ar livre’ na linguagem política e no discurso diplomático.”

Eliasson pediu aos governos para que invistam mais em água, saneamento e higiene – o tema deste ano do evento, “Cooperação da Água, Construindo Parcerias”, incentiva os participantes a conceberem novas soluções para a equidade e sustentabilidade da água. O acesso a saneamento e higiene, de resto, é o ponto mais atrasado dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

O Huffington Post diz que a chave para melhorar o saneamento por todo o mundo, de acordo com os defensores, é a introdução de tecnologia inovadora.

Bill Gates é o exemplo de alguém cuja abordagem reflecte a da ONU. O filantropo está a pedir o estabelecimento de parcerias entre os governos, o sector privado e cientistas, de modo a solucionar este problema. No passado, lançou um desafio às universidades para que desenvolvessem a “próxima geração” de sanitas, capazes de garantir saneamento seguro e sustentável por todo o mundo.

“As soluções inovadoras mudam a vida das pessoas para melhor”, disse Gates num comunicado de imprensa. “Se aplicarmos o pensamento criativo aos desafios do quotidiano, tal como lidar com dejectos humanos, podemos corrigir alguns dos problemas mais difíceis do mundo.”





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