União Europeia quer tirar camiões do centro das cidades



As cidades europeias gozam da reputação de conseguirem tirar as pessoas dos carros para as transferirem para os autocarros e as bicicletas, mas muitas áreas urbanas continuam a sofrer de um congestionamento quase permanente. Para combater este problema, a União Europeia tem procurado formas de eliminar o tráfego do centro das cidades – em particular os camiões.

O City Move, projecto financiado pela UE, debruça-se exactamente no impacto dos transportes de mercadorias no tráfego urbano. Para tornar as entregas mais rápidas e afastar os camiões das ruas na hora de ponta, o projecto desenvolveu um novo veículo que combina características de um contentor de mercadorias e de uma caixa de correio.

A BentoBox, implementada no ano passado em Lyon, França, assemelha-se a um grande carrinho onde podem ser encaixados diferentes recipientes. Estas caixas podem depois ser facilmente empurradas até à rampa do camião, acelerando o tempo de carregamento.

As caixas são então enviadas para pequenas instalações de armazenamento, onde os clientes vão levantar as suas encomendas quando lhes convém – abrem o recipiente que lhes foi atribuído com uma senha, pré-enviada por SMS, num sistema touchscreen.

O sistema de senha faz com que não seja preciso estar no local para receber a entrega. A limitação óbvia do conceito é que requer um espaço de depósito na cidade para funcionar.

Outra ideia brilhante do City Move também envolve um mini depósito – é o Freightbus, que usa o típico chassi de um camião, no qual três grandes unidades podem ser rapidamente postas e retiradas. O camião funciona como um pequeno autocarro entre a estação central de distribuição e um depósito na cidade – aí despeja as suas unidades, que são então encaixadas em até três carrinhas de menor dimensão que procedem às entregas.

Esta simples redução de tamanho no veículo distribuidor torna a entrega mais simples e rápida e menos intrusiva.

Levar estes projectos para lá da fase piloto será um processo muito mais lento do que desenvolvê-los – é necessário investimento em veículos e depósitos e todo um reajuste logístico. Mesmo assim, o esforço deverá valer a pena.

Foto: Sob licença Creative Commons

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