Paris vai ter esplanadas aquecidas com guarda-sóis alimentados a energia solar



Os cerca de dez mil cafés e restaurantes parisienses com esplanada poderão vir a ter, num futuro próximo, as suas esplanadas aquecidas com guarda-sóis alimentados a energia solar, durante os meses de inverno.

A recente lei que proibiu fumar dentro destes espaços fez com que os fumadores se congregassem nas esplanadas e as autoridades municipais da capital francesa estão agora a tentar resolver o problema do frio. “No verão não há problemas, mas no inverno está frio e é necessário fornecer aquecimento aos clientes”, afirma Georges-Etienne Faure, conselheiro de Jean-Louis Missika, vice-presidente da Câmara, responsável pelas áreas da inovação, investigação e universidades, cita o The Guardian.

“Mas é de loucos aquecer o espaço exterior”, explica Faure. Aliado a esta complicação ainda há o problema causado pelos aquecedores a gás, que libertam quantidades consideráveis de dióxido de carbono para a atmosfera. Depois de a autarquia perceber que não existia nenhuma empresa francesa que conseguisse resolver os problemas das esplanadas de Paris, lançou um concurso para encontrar uma solução. O vencedor foi uma pequena empresa de design norte-americana, a Amorphica, especializada em soluções sustentáveis futurísticas.

Esta empresa apresentou guarda-sóis alimentados a energia solar que não só aquecem as esplanadas de Paris, como também absorvem o fumo dos cigarros dos clientes que agora não podem ocupar os espaços interiores dos estabelecimentos. De acordo com a porta-voz da Amorphica, Leemor Chandally, o guarda-sol urbano “foi concebido como uma solução para as cidades proporcionarem uma comodidade urbana que cria espaços confortáveis e interactivos durante todo o ano. Por exemplo, o guarda-sol pode ser facilmente fixado em equipamentos urbanos já existentes, como as paragens de autocarro, proporcionando um espaço acolhedor semifechado que melhora a experiência de esperar por um autocarro no inverno”.

De acordo com Chandally, o guarda-sol “aquece e utiliza eficientemente energia renovável”. “O guarda-sol integra um sensor de movimento, painéis solares sensíveis, painéis solares termodinâmicos e um isolador do espaço. Os sensores luminosos permitem que o guarda-sol acompanhe o movimento natural do sol e maximize a absorção energética”.

Segundo Faure, a autarquia vai experimentar os guarda-sóis e testá-los e, “acima de tudo, perceber se os parisienses gostam deles”. “A experiência é decisiva. Se os parisienses gostarem dos guarda-sóis, vamos aplica-los em larga escala”, indica o conselheiro.

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