Cidade norte-americana nomeia primeira directora-executiva para a resiliência

A cidade de Oakland, nos Estados Unidos, nomeou a sua primeira CRO (Chief Resilience Office), o que se poderá traduzir, em português, como directora-executiva de resiliência. O cargo agora ocupado por Victoria Salinas, uma chilena-americana residente na cidade, pretende criar um mapa para a resiliência ou resistência urbana.

“A estratégia estará ligada a temas como sismos e alterações climáticas, envelhecimento das infra-estruturas ou crise económica. A cidade receberá suporte técnico e outros conselhos através da participação da Fundação Rockefeller”, explicou a cidade em comunicado.

Na verdade, a fundação filantrópica criada pela bilionária família norte-americana investirá cerca de €74,5 milhões no 100 Resilient Cities Challenge, do qual Oakland faz parte. Ao todo, serão 32 as cidades intervencionadas, de todos os pontos do globo.

De acordo com a cidade de Oakland, Salinas terá entre seis a nove meses para criar um plano de emergência urbana e social. A responsável, especialista em gestão de riscos, já trabalhou em países latino-americanos e das Caraíbas, sobretudo no pós-conflitos de guerra civil ou desastres naturais.

Em Oakland, Salinas terá quatro objectivos fundamentais: desenvolver um plano de acção para fenómenos sísmicos, sobretudo ao nível das 24 mil famílias que vivem em habitações que não estão preparadas para a violência do fenómeno; aumento do nível do mar, aquecimento extremo e precipitação acentuada; vulnerabilidade social de muitos habitantes da cidade; e idade avançada de muitas das infra-estruturas públicas e habitações.

Nos últimos anos, muita da inovação das cidades tem surgido das estratégias de sustentabilidade e gestão de riscos. Esta nomeação de Oakland, uma cidade com 400 mil habitantes, é a prova de que o futuro das cidades está na coordenação social, económica e ambiental de todos os fenómenos que a rodeiam. E que deve ser geridos de forma integral e integrada.