Aquecimento global dispara entre 3,5ºC e 6ºC



A actual “falta de ambição à escala mundial na redução das emissões de gases com efeito de estufa” está a levar o mundo para um “aquecimento entre 3,5ºC e 6ºC” e de uma “enorme crise climática”.

É com esta visão que a Quercus vai acompanhar a 18ª conferência das partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP18), que se realiza em Doha, no Qatar, de 26 de Novembro a 7 de Dezembro.

“O COP18 terá de tomar decisões para inverter o sentido dos acontecimentos que se adivinham”, explica a Quercus. A ONGA portuguesa estará presente na conferência e publicará todas as novidades neste blog.

Segundo a associação, os acordos alcançados em Durban, em 2011, abriram novamente a possibilidade de reverter, pelo menos em parte, os piores cenários de aquecimento global e recolocar o mundo num caminho de emissões reduzidas, “pronto para tirar partido das oportunidades que surgem pelos novos mercados e inovação tecnológica das tecnologias limpas, pelo investimento, emprego e crescimento económico”.

Para alcançar este potencial são necessárias “acções decisivas na COP18”. “O nível de ambição a curto prazo tem de ser mais elevado e tem de ser acordado um calendário de negociações para conseguir um regime climático global justo, ambicioso e vinculativo, num acordo que terá de estar finalizado até 2015 para entrar em vigor até 2020”, concluiu a associação.

“À escala da União Europeia, é possível e urgente aumentar o nível de ambição de redução de emissões para pelo menos 30% entre 1990 e 2020 (em 2011 já se tinha atingido 17,5% de redução, próximo do objectivo de 2020 que é uma redução de 20%)”, continua a Quercus.

Em Portugal, que de acordo com o relatório mais recente da Agência Europeia de Ambiente, em 2011 teve um aumento de 16,5% de emissões em relação a 1990, mais de 10% abaixo do permitido pelo Protocolo de Quioto, é fundamental traçar metas mais ambiciosas e dar sequência ao Roteiro Nacional de Baixo Carbono, elaborando até final do ano o Programa Nacional para as Alterações Climáticas 2013-2020, e respectiva distribuição sectorial de emissões.

Finalmente, a Quercus espera ainda que de Doha saia um compromisso para a “continuação em vigor do Protocolo de Quioto num segundo período, que se poderá estender até 2017 ou 2020”.

Foto: anúncio da Green Korea





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