Árvores mais antigas do mundo estão a morrer



De acordo com um novo estudo, as árvores mais velhas do mundo podem estar a morrer – e rapidamente. O estudo determinou que árvores com idade entre os 100 e os 300 anos estão a extinguir-se “em massa”, devido a uma combinação mortal de fenómenos destrutivos, como incêndios florestais, secas, altas temperaturas ou ataques de insectos. O aumento constante de ameaças está a levar as velhas árvores a extinguir-se a uma velocidade de 10 vezes maior do que a sua taxa normal, concluíram os investigadores.

“Este é um problema mundial e parece estar a acontecer na maioria das florestas”, explicou em comunicado o autor principal David B. Lindenmayer, da Universidade Nacional Australiana. “As árvores grandes e antigas estão em estado crítico em vários ambientes, tanto naturais como dominados pelo Homem.”

Os cientistas descobriram inicialmente uma “tendência muito, muito perturbadora” ao inspeccionarem registos florestais suecos da década de 1860. Mais tarde perceberam que florestas na Austrália, no Parque Nacional de Yosemite na Califórnia, na savana africana, em florestas brasileiras e em outras regiões da Europa também sofreram grandes perdas de velhas árvores.

“As grandes e velhas árvores não são apenas árvores jovens ampliadas”, disse Jerry F. Franklin, da Universidade de Washington, outro dos autores do estudo, ao The New York Times. “As árvores antigas têm características idiossincráticas – uma copa diferente, sistemas de ramificação diferentes, uma série de cavidades, uma casca mais grossa e mais cerne. Elas fornecem um maior habitat e mais nichos.”

Estas árvores também capturam e armazenam quantidades significativas de carbono, observa o The Telegraph, e reciclam os nutrientes do solo à sua volta que, por sua vez, estimulam o novo crescimento.

Os cientistas advertem que, a menos que uma urgente “investigação em todo o mundo” possa avaliar estas perdas e criar programas de conservação com prazos de extensão de séculos, as árvores mais antigas do mundo estão em grave perigo.

Este estudo foi publicado na edição de 7 de Dezembro da revista Science.





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